Como tudo começou
Minha sobrinha começou a agir diferente, evitando almoços familiares e chorando no quarto dela. Até que um dia ela me contou tudo: se descobriu lésbica mas tava com medo pra caramba da reação da família e da escola.

Na escola foi mais pesado ainda
Resolvi ir lá conversar com a diretora e foi um desastre. A coordenadora soltou na minha cara: “Isso é fase, depois passa”. Perdi a paciência:
- Organizei um encontro com outras mães que passavam pela mesma situação
- Fizemos abaixo-assinado exigindo formação sobre diversidade pros professores
- Levei materiais educativos que imprimi na gráfica do bairro
Luta em casa foi pior
Quando minha irmã descobriu, virou um inferno. “Você tá dando ideia errada pra ela” ela gritou comigo. Minha resposta foi simples: passei três semanas levando livros e filmes sobre o tema pra casa dela.
Fizemos algo bem cabuloso
Criei um grupo secreto no WhatsApp só com adolescentes LBTs da nossa região. Aos sábados, a gente alugava a sala da associação de moradores pra fazer:
- Oficinas de autoestima
- Aulas de defesa pessoal
- Grupos de desabafo
O mais doido? Depois de seis meses rolando essas atividades, até a diretora da escola pediu pra entrar no grupo! E meu maior orgulho foi quando minha irmã ligou chorando pedindo desculpas à filha dela.