Comecei essa jornada de escolher relógio quando precisei trocar o meu velho quebrado. Fui na loja de shopping cheio de esperança e voltei com um trambolho que parecia uma lata de sardinha no meu pulso fino. Paguei caro por um erro besta.
No dia seguinte, decidi fazer direito. Primeiro, medir meu pulso com uma fita métrica foi essencial. Descobri que meu pulso tem só 16cm – explica porque aquele primeiro relógio parecia um televisor antigo. Fui em três relojoeiros diferentes pedir pra experimentar modelos, até sentir o que não me afundava na carne.
Minha aula prática em 5 passos
- O tamanho é rei – Pegue a medida do seu pulso. Se for fino igual o meu, fuja de mostradores maiores que 40mm. Testei um de 38mm na papelaria usando régua! Quase fui expulso, mas valeu pra ver a proporção.
- Seu estilo manda – Olhei meu guarda-roupa: só camisa social e jeans. Um relógio de mergulho com mostrador colorido ia ficar ridículo. Acabei escolhendo um preto básico que combina até com pijama.
- O peso importa – Experimentei um de aço inoxidável que parecia uma algema. No terceiro dia usando, meu pulso ficou dolorido. Troquei por um com caixa de titânio – leve feito pena.
- Mecânico ou digital? – Quis bancar o chique com automático até descobrir que preciso mexer 3km por dia pra ele não parar. Voltei pro quartzo preguiçoso que bate certo sem esforço.
- Resista às tentações – O vendedor tentou me empurrar um com calendário lunar e cronômetro. Perguntei quando foi a última vez que ele usou essas funções. O silêncio dele respondeu tudo.
No fim, comprei um Seiko simples na feira de antiguidades. Testei por uma semana: acordei olhando se tava confortável, verifiquei se não arranhava no trabalho e perguntei pra minha mãe se parecia ridículo (ela nunca mente). Só aí feche o negócio sem pressa – loja que força compra na hora geralmente esconde defeito.