Beleza, pessoal! Hoje vou compartilhar com vocês minha saga na faculdade de moda. Preparem-se porque a história é longa, mas cheia de aprendizado (e uns perrengues também, pra ser sincero!).
Tudo começou quando eu ainda era moleque, lá pelos meus 15 anos. Sempre gostei de desenhar, de criar coisas, e a moda meio que surgiu naturalmente. Comecei rabiscando uns croquis, customizando minhas próprias roupas (com resultados nem sempre muito bons, hahaha), e a paixão foi crescendo.
A Escolha da Faculdade: Um Dilema!
Na hora de escolher a faculdade, a pressão foi grande. “Moda? Mas isso dá dinheiro?”, “Você não quer fazer algo mais ‘sério’?”… Aquelas perguntas clássicas, né? Mas eu tava decidido: ia atrás do meu sonho. Pesquisei várias faculdades, conversei com profissionais da área e acabei optando por uma universidade aqui em São Paulo mesmo. O curso parecia bem completo, com bastante parte prática e um bom networking.
Ainda bem que insisti na minha escolha, mostrar pra eles que moda não é só ‘roupinha’, sabe? Tem história, tem cultura, tem muita coisa envolvida!
Os Primeiros Semestres: Mergulhando no Universo Fashion
Os primeiros semestres foram intensos! Tivemos aulas de história da moda (que eu amei!), desenho, modelagem, costura… Aprendi a mexer em máquina de costura (e a desmanchar muita coisa também, rs), a entender os diferentes tipos de tecido, a criar estampas… Foi um turbilhão de informações e técnicas, mas eu tava adorando cada segundo.
- Desenho: Comecei do zero, aprendendo técnicas de proporção, figura humana, croquis…
- Modelagem: Um mundo à parte! Entender como transformar um desenho 2D em uma peça 3D, com caimento e tudo…
- Costura: Confesso que apanhei um pouco no começo, mas depois peguei o jeito e até comecei a customizar minhas próprias roupas.
Teve um professor em específico que marcou muito, o Sérgio. Ele era super exigente, mas também muito generoso com o conhecimento. Ele sempre dizia: “A moda não é só sobre criar roupas bonitas, é sobre contar histórias, expressar ideias, refletir o mundo ao nosso redor”. Isso me tocou muito e me fez ver a moda de uma forma diferente.
Os Desafios e as Reviravoltas
Nem tudo foram flores, claro. Teve momentos de desespero, de bloqueio criativo, de noites em claro pra entregar trabalho… E a grana, que sempre foi curta. Tinha que me virar pra comprar materiais, pagar as contas… Cheguei a pensar em desistir algumas vezes, mas a paixão pela moda sempre falava mais alto.
Teve um projeto em específico que quase me enlouqueceu. A gente tinha que criar uma coleção inspirada em algum movimento artístico. Escolhi o Tropicalismo, mas não conseguia sair do lugar. As ideias não vinham, o tempo passava… Quase entreguei qualquer coisa só pra me livrar daquilo. Mas aí, um dia, fuçando em uns livros antigos, encontrei umas fotos incríveis de Carmem Miranda. A partir dali, tudo fluiu! Criei uma coleção super colorida, com estampas inspiradas na fauna e flora brasileira, e usei tecidos leves e fluidos. Foi um sucesso!
Nessa época, além da facul, comecei a fazer uns freelas pra ganhar uma grana extra. Trabalhei como assistente de produção em uns desfiles, fiz uns trabalhos de styling pra umas lojas… Foi uma correria, mas aprendi muito sobre o mercado de trabalho e fiz uns contatos importantes.
O TCC: A Coroa��o da Saga
O TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) foi o ápice de todo esse processo. A gente tinha que criar uma coleção completa, com conceito, pesquisa, croquis, modelagem, costura… E ainda apresentar tudo para uma banca avaliadora. A pressão era enorme!
Escolhi um tema que me era muito caro: a moda como ferramenta de empoderamento feminino. Criei uma coleção inspirada nas mulheres da minha família, mulheres fortes, independentes, que lutaram por seus direitos e que me inspiram todos os dias. Usei tecidos confortáveis e versáteis, com modelagens que valorizassem o corpo feminino e estampas que transmitissem mensagens de força e liberdade.
A apresentação do TCC foi um dos momentos mais emocionantes da minha vida. Ver a minha coleção na passarela, ouvir os elogios da banca… Foi a coroação de anos de estudo e dedicação. Aprovado com nota máxima!
E Agora? O Que o Futuro Reserva?
Formado! E agora, José? Essa é a pergunta que não sai da minha cabeça. O mercado de moda é super competitivo, mas eu tô confiante. Tenho um portfólio legal, uma boa rede de contatos e muita vontade de fazer a diferença.
Por enquanto, tô trabalhando como designer em uma marca de roupas aqui em São Paulo. Tô aprendendo muito sobre a parte comercial da coisa, sobre como funciona uma empresa de moda por dentro. E, nas horas vagas, tô tocando um projeto pessoal: uma marca de roupas sustentáveis, com tecidos orgânicos e produção local. Quero criar roupas que sejam bonitas, confortáveis e que respeitem o meio ambiente.
A jornada na faculdade de moda foi intensa, desafiadora, mas também muito gratificante. Aprendi muito sobre mim mesmo, sobre minhas paixões e sobre o que eu quero fazer da vida. E o mais importante: aprendi que, com dedicação e paixão, a gente pode transformar sonhos em realidade. E vocês, qual a saga de vocês?
