Olha, volta e meia a gente escuta essa conversa, né? Sobre “as mais lindas mulheres do mundo”. Confesso que por muito tempo, minha cabeça ia direto naquelas listas de revista, sabe? Atriz famosa daqui, modelo de lá… Aquela coisa meio padrão que mostram pra gente desde cedo.
Eu mesmo, no começo, achava que era isso aí. Via na TV, nas capas de revista, e pensava: “Ah, beleza é isso aqui, esse padrão”. A gente acaba engolindo essa ideia sem nem mastigar direito. Era meio automático, sabe? Olhava e só comparava com aquele molde.
Aí comecei a reparar mais…
Mas aí, com o tempo, a vida vai ensinando a gente. Não foi nada de curso, não. Foi na prática mesmo, no dia a dia. Comecei a prestar mais atenção, de verdade, nas pessoas ao meu redor. Na rua, no trabalho, na família, viajando por aí quando dava.
Foi um exercício meu, pessoal. Decidi parar de só aceitar o que vinha pronto e comecei a observar com meus próprios olhos. O que realmente me chamava atenção? O que eu achava bonito de verdade?
E olha, a coisa mudou. Percebi que a beleza tá em muito mais canto do que aquelas listas mostram. Comecei a ver beleza em coisas diferentes:
- No sorriso sincero: Sabe aquele sorriso que vem de dentro, que ilumina o rosto? Pode ser da moça do café, da colega de trabalho cansada mas gentil.
- Na força do olhar: Tem mulher com um olhar que conta história, que mostra uma força, uma vivência… Isso é lindo demais.
- Na autenticidade: Gente que é de verdade, que não tenta se encaixar num molde. Que tem seu jeito próprio de se vestir, de falar, de ser. Isso tem um brilho especial.
- Na gentileza: Um gesto de cuidado, uma palavra amiga. A beleza de um bom coração transparece, não tem jeito.
- Na diversidade: Comecei a reparar nos traços diferentes, nas cores de pele, nos tipos de cabelo… O mundo é muito mais rico e bonito justamente por não ser todo igual.
O que eu saquei no final das contas
Então, hoje, quando escuto “as mais lindas mulheres do mundo”, eu já penso diferente. Não me vem mais uma lista pronta na cabeça. Penso na minha mãe, na minha vizinha, naquela senhora forte que pega o mesmo ônibus que eu todo dia, na médica que cuidou de mim, nas amigas.
A verdade é que as mulheres mais lindas não estão só nas capas de revista. Elas estão por toda parte. A beleza de verdade não tem um padrão só. Ela tá na mistura, na força, na história que cada uma carrega. Pelo menos, foi isso que eu aprendi observando por aí, na prática mesmo.