Olha, essa história com a Regina Guerreiro começou meio por acaso, sabe? Não foi nada planejado, tipo um projeto ou estudo formal. Foi mais na base da curiosidade mesmo.

Eu tava mexendo nuns trecos velhos que tenho guardados, sabe como é, dia de arrumação a gente acha cada coisa. Eram umas revistas antigas, acho que da minha tia ou da minha mãe, lá dos anos 80, talvez 90. Papel amarelado, aquele cheiro de guardado.
Aí, numa dessas revistas, acho que era uma Vogue antiga, sei lá, vi um editorial que me chamou a atenção. Diferente. E lá no meio dos créditos, aparecia o nome dela: Regina Guerreiro. Não sei porquê, mas o nome ficou na minha cabeça. Quem era essa pessoa?
Comecei a dar uma pesquisada, bem de leve. Joguei o nome na internet, pra ver o que aparecia. Não sou nenhum expert de moda, então pra mim era tudo novidade. Fui vendo umas fotos, lendo umas matérias antigas que achei digitalizadas por aí.
O que me pegou mesmo foi a atitude que parecia ter no trabalho dela. Umas imagens fortes, umas combinações que hoje talvez a gente achasse estranhas, mas que tinham uma personalidade danada. Parecia que ela não tinha medo de chocar um pouco, de sair do óbvio.
Passei um tempo vendo essas coisas. Não foi um estudo a fundo, foi mais um folhear digital, uma viagem no tempo. Vendo aquelas modelos, aquelas roupas, aquele jeito de fotografar. Tudo muito diferente do que a gente vê hoje em tudo quanto é lugar, tudo muito parecido.

Isso me fez pensar bastante. Não só na moda, mas na vida mesmo. Como a gente hoje parece ter mais medo de ser diferente, de ter uma assinatura própria. Todo mundo meio que segue a mesma cartilha, né? Fiquei pensando se a gente não perdeu um pouco dessa coragem que ela parecia ter.
Lembrei até de umas situações minhas, no trabalho, na vida pessoal, onde eu fiquei com receio de bancar uma ideia diferente, de ir contra a maré. Vendo o trabalho dela, mesmo décadas depois, deu uma inspirada.
Então, minha “prática” com a Regina Guerreiro foi basicamente essa:
- Topar com o nome dela por acidente, numa revista velha.
- Ficar curioso e ir atrás pra saber quem era.
- Ver as imagens antigas e sentir a força, a ousadia do trabalho dela.
- Refletir sobre como essa atitude faz falta hoje em dia, até na minha própria vida.
Não virei especialista em moda, longe disso. Mas foi um daqueles momentos de descoberta que fazem a gente pensar. Foi mais uma viagem pessoal, uma reflexão provocada por um nome numa revista antiga.
E a lição que ficou pra mim, de forma bem simples, é que ter personalidade e bancar o que você acredita, isso aí não tem época. É forte sempre.