Olha, falar de “pintados” me joga lá pra trás, numa época que a gente inventou moda de ir pescar o tal peixe. Não sou pescador profissional nem nada, que fique claro, só fui na onda da turma.
A Preparação Toda
Começou aquela agitação, né? Um amigo chegou falando que sabia o lugar perfeito, que ia pegar uns pintados enormes. A gente já se imaginava voltando com o isopor lotado. Que ilusão! Fomos atrás de tralha, compramos isca, arrumamos o carro. Aquela função toda que, no fim das contas, já cansa antes mesmo de sair de casa.
- Separar vara e molinete
- Comprar linha nova (porque a velha sempre arrebenta)
- Achar um lugar pra comprar isca viva decente
- Combinar horário (que ninguém cumpre direito)
Passamos mais tempo organizando do que pescando, se for ver bem.
A Realidade da Pescaria
Chegamos lá no tal lugar prometido. Era um rio bonito, não vou negar. Mas cadê os pintados gigantes? Nada. Ficamos horas e horas. Primeiro, um sol de rachar. Depois, começou a ventar frio. E peixe que é bom? Nem sinal.
Pra ser sincero, acho que pegamos uns lambaris que dava até vergonha. O amigo que prometeu os “pintados” ficou lá, insistindo, trocando de isca, mudando de lugar. Eu já tinha desistido por dentro fazia tempo. Só queria voltar pra casa.
O pior é que, na volta, ainda tivemos que ouvir ele falando que “na próxima a gente pega”, que “foi azar”. Azar nada, a gente que criou uma expectativa que não tinha nada a ver.
O Que Ficou Disso
Sabe, essa história do pintado me lembra um monte de outras situações. Às vezes a gente gasta uma energia enorme planejando algo, sonhando com o resultado final, e esquece de curtir o caminho. Ou então, o resultado é completamente diferente do esperado.
Não que tenha sido horrível, demos umas risadas lá e tal. Mas a frustração de não pegar o bendito pintado, depois de toda a propaganda, ficou marcada. É tipo promessa de político, sabe? A gente ouve, às vezes até acredita, mas na prática… bem, na prática a gente volta pra casa com uns lambaris e olhe lá.
Hoje em dia, quando alguém vem com muita promessa, falando que vai ser incrível, que vai ter “pintado” pra todo lado (seja lá o que isso signifique na situação), eu já fico com um pé atrás. Aprendi naquela pescaria frustrada.
