Então, gente, hoje eu queria bater um papo com vocês sobre uma parada que tentei um tempo atrás, o tal do método Clo Orozco. Ouvi falar disso num canto da internet, sabe como é, né? Prometia mundos e fundos pra organizar as ideias e destravar a criatividade. Pensei: “por que não?” Afinal, quem não quer um empurrãozinho de vez em quando?

No começo, até que me empolguei. Fui atrás de material, que já aviso, não é lá essas coisas de fácil de achar. Parecia mais um segredo guardado a sete chaves. O que encontrei falava em conectar emoções com tarefas, usar umas paletas de cores bem específicas pra cada etapa do projeto, umas coisas meio, digamos, artísticas demais pro meu gosto prático.
A ideia básica do Clo Orozco, pelo que entendi, era tipo:
- Mapear seu estado de espírito antes de começar qualquer coisa.
- Associar cada pedacinho do projeto a uma “intenção vibracional” – seja lá o que isso for.
- Criar uns painéis visuais que mais pareciam obra de arte do que planejamento.
Era um negócio que, na teoria, parecia super inspirador. Na prática, a coisa desandou um bocado.
Eu comecei a aplicar isso num projeto pessoal que estava empacado. Gastei um tempo danado escolhendo cor, tentando “sentir a vibração” da tarefa… e o projeto que é bom? Continuava lá, paradão. Em vez de simplificar, senti que o tal Clo Orozco botou mais camada de complicação em cima de tudo. Virou uma parafernália de papéis coloridos e anotações esotéricas que não me levavam a lugar nenhum. Frustrante, pra dizer o mínimo.

E por que raios eu fui inventar moda com isso?
Vocês devem estar se perguntando, né? “Por que esse maluco foi perder tempo com Clo Orozco?”. Bom, a verdade é que eu vinha de uma fase meio chata. Tinha acabado de sair de um projeto grande na firma antiga que foi um verdadeiro moedor de carne. Tudo era planilha, métrica, reunião atrás de reunião, uma rigidez que sugava qualquer pingo de criatividade. Sabe quando você se sente um robozinho apertando parafuso? Era eu.
Lembro que um colega meu, o Juca, passou por algo parecido uns anos antes. Ele pirou tanto com a pressão que largou tudo e foi vender arte na praia. Não literalmente, mas quase. Ele começou a experimentar tudo quanto era método alternativo pra se reencontrar, desde meditação transcendental até uns negócios de coach quântico. Um dia ele me contou que, no meio dessas buscas, achou umas técnicas que, apesar de bizarras, ajudaram ele a botar a cabeça no lugar e voltar a criar com prazer, mesmo que fosse só por hobby.
A história do Juca ficou martelando na minha cabeça. Eu não queria chutar o balde que nem ele, mas precisava de um respiro, de algo que me tirasse daquele ciclo de “produzir por produzir”. Queria algo que me fizesse sentir de novo o tesão de criar, de pensar fora da caixa. Aí, quando esbarrei no tal do Clo Orozco, com aquela promessa de um fluxo mais “orgânico” e “intuitivo”, pareceu a luz no fim do túnel. Só que o túnel, no meu caso, deu numa parede.
No fim das contas, o que aprendi com essa história toda de Clo Orozco? Primeiro, que não existe fórmula mágica. O que funciona pra um, pode ser um desastre pro outro. Segundo, que essa busca por métodos mirabolantes às vezes é só uma forma de a gente fugir do básico que funciona: sentar a bunda na cadeira e fazer o trabalho, mesmo que sem “vibrações coloridas”.
Não digo que o Clo Orozco seja uma farsa total, talvez pra algum artista muito específico funcione, sei lá. Mas pra mim, foi mais uma daquelas modinhas que a gente tenta na esperança de um milagre e acaba só perdendo tempo. Pelo menos rendeu essa história pra contar pra vocês. E, no fim, acabei voltando pro feijão com arroz, mas tentando temperar com um pouco mais de calma e menos pressão. Às vezes, o segredo não está no método, mas na forma como a gente encara as coisas, né?