Tava aqui pensando naquele meu problema de sempre cair na mesmice quando saio com meu namorado, sabe? Parece que toda vez a conversa fica engasgada depois do “e aí, como foi o trabalho?”. Resolvi botar a mão na massa essa semana.

A Fase do Desespero e Ideias Borradas
Peguei um caderno véio da gaveta e comecei a rabiscar qualquer coisa que vinha na cabeça. Anotei um monte de perguntas bestas tipo “você me ama?” – até eu mesma achei sem graça. Risquei tudinho e quase joguei o bloquinho na parede. Daí lembrei do último rolê romântico que a gente teve, aquele jantar chique que ficou um silêncio constrangedor depois da sobremesa. Foi ali que caiu a ficha: não queria coisa forçada, mas sim papo que fluísse naturalmente em momentos maneiro.
Experimento No Quintal (Literalmente)
Fiz o seguinte: chamei ele pra tomar um refri na rede da varanda, dessas tardes morna de fim de semana. Preparei umas 3 perguntinhas na manga:
- Qual foi o momento mais aleatório feliz essa semana? – só pra quebrar o gelo
- Se a gente tivesse uma grana infinita amanhã, que viagem maluca você planejaria primeiro? – isso aqui foi ótimo, ele começou a falar de umas ilhas perdidas que nem sabia que existiam
- Que música te lembra a gente? – quase cuspi o guaraná quando ele disse aquela marchinha de carnaval que a gente se esbarrou na rua
Puta conversa gostosa, saiu até suco de laranja e salgadinho. O negócio foi tão bom que resolvi escrever mais quatro coisinhas pra testar depois.
Test Drive Na Vida Real
Noite passada inventamos um date de strogonoff caseiro com filme. Botei as novas perguntas em ação:
- Qual foi a maior roubada que você já deu quando era pivete? – o cara contou de roubar manga do vizinho e quase ser preso, chorei de rir
- Tem algum sonho maluco que você nunca contou pra ninguém? – aí descobri que o bonitão quer fazer curso de cerâmica hahaha
- Qual momento nosso você reviveria agora? – essa aqui foi arroz de festa, ele lembrou daquele dia que a gente se perdeu na praia
- O que eu faço que te deixa com calor? – eita, essa esquentou o jantar todo! Melhor que só falar de sexo, é brincando mesmo
Por Que Isso Mudou Tudo
O pulo do gato foi perceber que não pode ser questionário de emprego. Tem que:

- Surgir naturalmente entre um gole e outro
- Fugir das perguntas óbvias que geram “sussa” ou “nada demais”
- Puxar histórias e memórias que nem eles mesmos lembravam
- Criar aquela intimidade que só brota quando você ri das mancadas um do outro
Agora to até anotando as respostas melhores num potinho de vidro. Quem sabe no nosso aniversário de namoro a gente não abre e ri das palhaçadas? Até meu namorado tá pedindo mais desses papo!