Então, outro dia me deu na telha de querer assistir A Pele Que Habito. Sabe aquele filme do Almodóvar, meio esquisitão? Pois é. Lembrei dele do nada e pensei, “vou rever”.

Aí começou a saga. Fui procurar onde tinha pra ver. Hoje em dia é uma complicação, né? Cada filme tá num lugar diferente. Abri um aplicativo, nada. Abri outro, também não. Fiquei naquela busca chata, pulando de plataforma em plataforma.
A busca que virou outra coisa
Nisso de procurar, comecei a fuçar na internet de modo geral. Acabei caindo nuns cantos da web que nem lembrava mais que existiam. Uns fóruns antigos, blogs da época que o filme saiu, lá por 2011, 2012. Eita, bateu uma nostalgia forte.
Lembrei de como era a vida naquela época. Eu tava numa fase totalmente diferente. Morava em outro lugar, trabalhava com outra coisa. Lembro que:
- A internet era discada em casa ainda, ou uma banda larga bem capenga.
- Baixar filme era uma aventura, demorava horas, às vezes dias!
- A gente combinava as coisas por SMS, acredita? Que doideira.
Fiquei pensando nisso, em como tudo mudou tão rápido. Naquela época, pra assistir um filme desses, ou você comprava o DVD, alugava na locadora (sim, locadora!), ou se aventurava nesses downloads demorados. Hoje, a gente reclama se o streaming dá uma travadinha de dois segundos.
Aí me peguei lembrando de um perrengue específico daquele tempo. Tinha um trabalho pra entregar na faculdade, coisa de última hora, e a internet resolveu cair geral na rua. Passei a madrugada inteira tentando conectar pelo celular, que na época era um 3G sofrido demais. Que sufoco! Tudo isso veio na cabeça só por causa da busca pelo filme.

No fim das contas, depois de ficar navegando nessas memórias todas, acabei esquecendo do filme. Abri a geladeira, peguei uma cerveja e fiquei ali pensando na vida, em como o tempo voa e como a gente muda junto com a tecnologia.
É engraçado, né? Você começa querendo fazer uma coisa simples, tipo assistir A Pele Que Habito, e quando vê, tá mergulhado em lembranças de dez anos atrás. Acho que nem vou mais procurar o filme hoje, talvez outro dia. A viagem no tempo já valeu a pena.