Fala galera, hoje vou contar tudinho nossa encrenca pra virar artista com minha irmã gêmea idêntica. Quando a gente resolveu entrar nesse mundo, foi igual galinha sem cabeça.
A ideia veio do nada (e veio errada)
Lembro que a gente tava lavando louça depois do almoço quando minha irmã soltou: “E se a gente virasse influencer de dança?”. Parecia fácil – somos gêmeas, né? Achamos que isso era vantagem automaticamente. Erro colossal.
Primeiros passos foram trágicos
No outro dia já metemos o louco:
- Pegamos o celular batizado da nossa mãe
- Colocamos no tripé bambo da feira
- Fizemos vídeos toscos dançando funk no quintal com roupa de domingar
- Subimos tudo achando que ia viralizar
Resultado? Quatro views, sendo três nossas e uma da tia Cida. Mais vergonha que quebrada de carro em via pública.
Achamos que contratos chegariam voando
Depois de uma semana sem nada, minha irmã ficou doida: “Temos que ir atrás de agência!”. Fizemos um perfil meia-boca no Instagram e saímos enviando mensagem pra todo perfil com “talentos” no nome. Só caimos em golpe:
- Um cara queria R$500 pra “fotos profissionais” num estúdio que era garagem dele
- Outra “produtora” pediu vídeo nosso dançando de biquíni pra “catalogo de clientes”
- Teve maluco que disse que precisavamos pagar curso de R$2.000 primeiro
Até que caiu uma proposta “real”: fazer comercial de sabão em pó por um saco de salgadinho e dois refrigerante. A gente recusou e chorou de frustração.
O click veio na marra
Um dia a tia Cida deu um berro: “Por que vocês não mostram o dia a dia de vocês? Duas gêmeas perdidas na vida artística deve ser engraçado!”. Fizemos vídeo zoando a gente mesma:
- Mostrei eu tentando maquiagem artística e parecendo palhaço de circo
- Minha irmã tentando coreografia e escorregando no tapete
- A gente discutindo por causa de filtro de Instagram
ESSE VÍDEO BOMBOU. De repente tinham 200 comentários rindo COM a gente (não DA gente). Descobrimos que gêmeo iniciante tem que usar a zoeira, não a “beleza”.
Aprendizado no osso
Hoje sabemos que:
- Ser gêmeo não é atalho – é só um detalhe que pode render conteúdo
- Começar profissionalmente exige ralar como faxineira de rodoviária
- Golpista adora artista iniciante – proposta boa não pede dinheiro adiantado
E o principal? Nossa maior vantagem foi aprender na raça que autenticidade bate pose plástica qualquer dia. E sim, a tia Cida agora é nossa maior fã.
