Bom, hoje vou contar um pouco sobre essa minha fase de querer uma “body manga”. Não é nada demais, tipo, não virei um gibi ambulante nem nada, mas foi uma coisinha que fiz pra mim e curti o processo.

Tudo começou, na verdade, num período meio parado da minha vida. Sabe quando você sente que todo dia é igual? Então. Eu tava nessa vibe. Passava horas vendo coisa na internet, e comecei a reparar nuns trampos de tatuagem estilo mangá muito FDAS. Aqueles traços, as cores, sei lá, mexeu comigo. Lembrei que desde moleque eu pirava nuns personagens e sempre quis ter algo nesse estilo.
A Busca e a Ideia
Aí botei na cabeça: vou fazer! Mas, cara, achar alguém que fizesse BEM esse estilo aqui na minha área foi um parto. Tinha gente que fazia anime, mas não era bem a pegada mangá que eu queria, mais crua, sabe? Fucei Instagram, pedi indicação… mó rolê.
- Primeiro, achei uns caras muito bons, mas ou a agenda era pra daqui a seis meses ou o preço era tipo comprar um rim.
- Conversei com uns dois tatuadores que até faziam, mas não senti firmeza, parecia que iam fazer meio “adaptação”.
- Finalmente, um amigo do trabalho me indicou uma moça que tava começando mas tinha um portfólio pequeno só com isso. Fui lá conversar sem muita esperança.
E não é que deu liga? A gente trocou ideia, mostrei umas referências que eu tinha salvo (não era um personagem específico, mais a vibe, a dinâmica do traço). Ela pegou rápido. Rabiscamos juntos, ela fez umas sugestões, mudamos umas coisas. Foi um processo legal, demorou umas duas semanas só nessa parte, indo e vindo no zap e no estúdio dela.
O Dia D e o Processo
Chegou o dia de rabiscar de verdade. Confesso que deu um frio na barriga, fazia anos desde a minha última tattoo (uma coisinha pequena, nada a ver). O estúdio dela era pequeno, mas ajeitado. O barulho da maquininha já me deixou tenso.
O processo em si:

- Limpeza da área (foi no antebraço, um lugar que eu sempre quis).
- Aplicação do decalque. Olhei no espelho umas 50 vezes pra ver se tava certo.
- A agulha… bom, dói, né? Não vou mentir. Teve hora que precisei respirar fundo. Principalmente perto do osso.
- Ficamos umas 3 horas nisso. Pra distrair, a gente falou de tudo: série, música, da vida. A tatuadora era gente boa, ajudou a relaxar.
Quando acabou, eu tava exausto, mas felizão. Aquele plástico filme, a recomendação de pomada… todo o ritual pós-tattoo que eu já tinha quase esquecido.
E o Resultado? Como Ficou?
Olha, sendo sincero? Ficou muito legal. Claro que sou suspeito pra falar. Mas o traço ficou do jeito que eu imaginava, a dinâmica, a expressão (mesmo sendo só um detalhe inspirado em mangá, não um personagem completo). A cicatrização foi chata pra caramba, aquela coceira infernal, o cuidado pra não bater… mas valeu a pena.
Hoje, olhando pra ela, eu lembro daquela fase meio “meh” que eu tava e de como essa pequena decisão de fazer algo só pra mim, algo que eu realmente queria, deu uma animada. Não resolveu os problemas da vida, óbvio, mas foi um… sei lá, um marco pessoal.
A galera reage de forma diferente. Uns acham irado, perguntam quem fez. Outros olham meio torto, talvez achem infantil, não sei. Mas, no fim das contas, fiz pra mim. E essa é a parte que importa, né? Foi minha pequena “aventura” no mundo da body manga. E curti cada etapa, até a dorzinha da agulha.