Pois bem, meus amigos, hoje vou contar pra vocês como foi esse dia de tentar capturar umas imagens legais de borboleta por aí. A ideia era achar umas espécies bonitas, que parecem flor mesmo, sabe? Mas o negócio não foi tão simples quanto pensei.
Logo cedo, peguei minha mochila com o equipamento. Uma câmera básica, nada profissional, o celular como backup e um bom protetor solar, porque sol já tava rachando. Decidi ir num parque aqui da cidade, aquele que tem bastante mato perto das flores.
Primeiro passo: paciência. Cheguei lá pelas 8 da manhã, achando que elas já estariam a postos. Erro total! Fiquei quase uma hora só olhando pro vazio. Tudo calmo. Só ouvia pássaro e mosquito zumbindo no ouvido. Até que vi um movimento ali perto das margaridas.
Meu coração acelerou um pouco. Era uma borboletinha azul, mas pequenininha. Lindíssima! Parecia um pedacinho de céu voando baixo. Fui com muito cuidado, devagarinho, pra não assustar. Fiquei agachado uns dez minutos esperando ela pousar direito numa pétala. Quando ela parou, cliquei rápido! A luz do sol de manhã ajudou demais, fez o azul brilhar.
Depois disso, fui caminhando pelo jardim mais pro fundo, onde tem aquelas plantas com cheiro mais forte. Minha intuição tava certa: lá estava uma amarela e preta, tipo tigre, enorme! Mas essa danadinha não parava quieta. Ficava voando de flor em flor. Corri atrás, suando, tentando enquadrar. Tomei cuidado pra não esbarrar em nada. Só consegui uma foto mais ou menos quando ela parou uns dois segundos numa flor roxa. Amarelo e roxo, combinação doida!
O sol já tava ficando mais quente quando avistei o prêmio: uma borboleta branca com detalhes em dourado. Perfeita mesmo, parecia feita de renda fina. Mas ela era rápida, cheia de energia. Persegui ela por uns vinte minutos. Minha perna até tava doendo de agachar e levantar. Pra piorar, passou um grupo de criança gritando e ela quase voou pra longe. Mas eu fiquei ali, imóvel, esperando. Aí ela escolheu uma rosa vermelha pra descansar. Foto incrível! O branco parece que brilhava contra o vermelho.
Já tava quase batendo meio-dia quando resolvi dar mais uma volta. Aí me surpreendi com três outras:
- Uma marrom-avermelhada, quase cor de terra queimada, mas com uns pontinhos azuis nos cantos das asas. Encontrei ela escondida quase, descansando num galho baixo.
- Uma laranja vibrante, pequena e cheia de manchas escuras. Tava tomando sol mesmo, preguiçosa. Foi a mais fácil de fotografar!
- E finalmente, uma azul escura quase roxa, muito rara. Foi sorte mesmo. Ela voou rente ao chão e eu só tive tempo de apontar e disparar. Nem sei se ficou boa, mas consegui capturar!
Na volta pra casa, já moído mas feliz, revi todas as fotos. Não eram profissionais, longe disso. Algumas até meio tremidas porque minhas mãos tão velhas. Mas valeu cada minuto suado, cada perna dolorida e cada investida de mosquito. Ver essas belezas tão de pertinho, cada uma com seu jeito maluco de voar e seus desenhos únicos, foi demais. Se eu pudesse, ficava o dia todo, todo dia, só observando esse bailado. Coisa mais linda!
