Como eu fui atrás da mala de farmácia de graça
Tudo começou semana passada quando fui comprar um remédio pra minha vó. O preço tava tão absurdo que quase caí pra trás! Fiquei pensando: “Tem que ter um jeito de conseguir pelo menos a bolsinha básica sem pagar”.
Primeiro passo: fui direto no posto de saúde
Acordei cedo segunda-feira e fui pro posto mais perto de casa. Cheguei antes das 7h pra pegar senha. A fila já tava até o outro quarteirão, mas fiquei firme. Quando chegou minha vez, a moça da recepção me disse:
- Precisa levar identidade e CPF
- Tem que levar receita médica dos últimos três meses
- Comprovante de residência no nome mesmo
Ela me explicou que só dão pra quem ganha menos de um salário mínimo. Mas quando mostrei meu holerite (que é pouco mais que isso), ela só fez cara feia. Foi meu chute errado.
Segunda tentativa: centro social
Na quarta, resolvi tentar no CRAS do bairro vizinho. Cheguei às 9h e tinha três pessoas só! A assistente foi super atenciosa e disse que pra conseguir a farmácia popular, precisa primeiro:
- Fazer cadastro único no sistema
- Agendar entrevista com assistente social
- Levar declaração de renda da família
Ela me deu um monte de papel pra preencher. Fiquei 40 minutos preenchendo tanta burocracia que quase desisti! Mas ela prometeu que em duas semanas eu teria resposta.
O golpe de mestre
Sexta-feira recebi um aviso pra voltar no CRAS. Chegando lá, a moça me entregou um cartão vermelho que parecia cartão de crédito. Explicou tudo:
- Esse cartão vale por 6 meses
- Pego remédios toda quarta das 8h às 11h
- Só apresento ele com minha identidade
Nem acreditei! Fui testar no mesmo dia numa farmácia perto do CRAS. A atendente passou o cartão na máquina, peguei os três remédios que precisava sem pagar nem um centavo. Saí de lá sorrindo feito bobo!
Dica preciosa que descobri
Depois da experiência, vi que muita gente não sabe que pode pedir ajuda dos agentes comunitários. Eles vão na sua casa te ajudar com a papelada! Outra coisa: os medicamentos controlados precisam de receita válida, mas os comuns nem sempre precisam.
Resumindo: é chato a burocracia? É, demais! Mas vale cada minuto na fila pra não ter que escolher entre comprar remédio ou colocar comida na mesa.