Minha jornada começou quando resolvi comprar um relógio icônico
Fiquei apaixonado pelo Seiko Pogue depois de ver fotos antigas da era espacial. Mas mano, quando comecei a pesquisar no mercado de usados, quase caí no conto do vigário várias vezes. Tinha tanta réplica por aí que parecia loja de Chinatown.

Decidi fazer o seguinte:
- Primeiro, fui catar informações com colecionadores veteranos em fóruns especializados – esses caras vivem e respiram relógio velho
- Depois, pedi fotos superdetalhadas de cada vendedor que eu encontrava online
- Comparei cada parafuso e cada letrinha com imagens de catálogos antigos que baixei
A lição mais foda que aprendi na marra
Cara, o calibre 6139 é a alma do negócio! Quando achei um anúncio prometendo originalidade, pedi pro cara abrir o case e mostrar o movimento. Eis que descubro: muitas falsificações usam movimentos chineses modificados pra parecerem legítimos. Vacilo total!
O cabra tentou me enganar falando que era “restaurado”, mas quando botei a lente de aumento vi que tinha peças substituídas. Mandei a real: “Irmão, Pogue original tem que ter todos componentes de fábrica, senão é Frankenstein”. O cara ficou pianinho.
As cinco regras de ouro que salvaram meu couro
Depois de seis meses nessa caçada, criei meu próprio checklist:
- O mostrador amarelo deve ter tom de gemada – se for amarelo pálido, é falso
- Os ponteiros de cronógrafo precisam chegar EXATAMENTE às marcações
- A lente mineral original tem uma curva específica que falsificações não replicam
- No verso, a grafia correta é “Water 70m Proof” – qualquer erro de escrita é bandeira vermelha
- O clique do cronômetro tem som característico de máquina bem lubrificada
O dia que encontrei meu Pogue dos sonhos
Achei um senhor aposentado vendendo o relógio que usou nos anos 70. Fui na casa dele com minha lupa e tabela de autenticação. Quando abriu a caixinha surrada, quase chorei. O relógio tinha todas as marcas do tempo: arranhados leves no case, patina perfeita no mostrador, e aquele cheiro característico de máquina velha bem cuidada.

Fiz todos os testes na frente do dono: cronômetro, verificação do movimento, inspeção das gravuras. Deu tudo certo! Paguei o valor justo, sem chorar, porque sabia que era a jóia rara autêntica. Agora ele tá aqui no meu pulso, contando histórias de 1973.