Pessoal, hoje vou contar como finalmente consegui um pedaço de terra boa pra plantar sem ter que vender um rim. Tudo porque tava cansado de ver anúncio bonito na internet e chegar lá era furada.
Meu Sapo Sair Pulando
Primeiro, fui seco em todo site de anúncio de terra que aparecia no Google. Anúncio lindo, fotim brilhando. Só que quando chegava no lugar… Surreal! Uns falavam “50 mil reais o hectare”, chegava lá era barro puro e a estrada parecia trilha de bode. Outro maluco até pediu sinal via WhatsApp antes de mostrar a terra! Sorte que meu desconfiômetro apitou alto. Até que eu cansei de internet.
Fui No Feijão Com Arroz
Um sábado, peguei a caminhonete velha e fui bater perna na cidade de Loja mesmo. Perguntei na vendinha de insumos agrícolas onde o pessoal costuma fechar negócio de verdade. O dono, seu Miguel, deu a letra:
- Fala com o pessoal do Sindicato Rural – lá eles sabem quem tá vendendo sério.
- Passa no INCRA da região, mas vai cedo porque senão a fila come sua alma.
- Dá uma volta na zona rural perto do Rio Catamayo, pergunta pros véio na beira da estrada.
Na Batida Dos Mais Velhos
Seguindo a dica, fui pro Sindicato Rural na segunda-feira. A moça lá foi mais direta que tiro: “Olha aqui, temos dois produtores querendo vender parte da terra. Um pedindo R$25 mil por hectare em Macará, outro em Olmedo querendo R$28 mil.” Não parecia golpe, pelo menos. Ela me deu os contatos diretos dos produtores.
Fui no INCRA depois. O cabra me explicou o pulo do gato: muita terra de herança ainda com papel torto. Tinha fazenda de 100 hectares com o preço abaixo da média só pra resolver pendência familiar. Pedi pra ver essa lista. Tinha nome, telefone, tudo!
Bota o Pé Na Estrada (De Novo!)
Marquei de ver as terras. Primeiro a de Olmedo do anúncio do sindicato. Boa terra, acesso ok, mas o dono não queria vender só os 5 hectares que eu queria. Barbeiragem. Depois fui ver a tal fazenda do INCRA perto de Pindal. Velhinha me recebeu com café. A terra? Boa! Água no terreno até. O preço? R$20 mil por hectare. Caí na real que o bom mesmo era negócio de boca em boca. Nem internet precisa.
Fechando O Trato
Aí veio a mão de obra. Fui no Cartório de Registro de Imóveis de Loja com os documentos que a velhinha me passou. O homem lá mexeu os papéis, disse que não tinha nada encalacrado no nome dela. Contratei um advogado que cobrou barato só pra dar uma olhada final. Ele disse “tá limpo”. Paguei entrada pequena e o resto foi parcelado direto com a véia. Na prefeitura depois pedi o tal de CADASTRO AMBIENTAL RURAL. Tomei multa por chegar atrasado, mas fiz tudo na semana.
Aprendi Feijão Com Arroz
Conclusão: Loja tem terra boa pra comprar sem ser roubado? Tem! Mas… esquece o computador.
- Tem que botar o pé na poeira mesmo. Perguntar na bodega, no sindicato, no INCRA.
- Pessoa física sempre tem o melhor negócio, a burocracia é chata? É! Mas o preço é outro.
- Todo passo burocrático tu tem que ir PESSOALMENTE. Qualquer papel torto te ferra depois.
Agora vou capinar meu lotinho. Até a próxima!
