Tava rolando aquele tédio domingão quando me aparece uma foto antiga da delegação haitiana nos Jogos Olímpicos. Meu olho grudou naquele uniforme diferente e pensei: “De onde raios veio esse design?” Fui na sede.

Tentando descobrir sozinho
Primeiro, meti o nariz no Google pra pesquisar. Só achava fotos recentes ou informações rasas. Desisti depois de meia hora fuçando. Aí lembrei da tia Maria, aquela minha conhecida que coleciona revistas esportivas velhas. Liguei pra ela na hora:
- “Ô tia, tu tem alguma coisa sobre Haiti em Olimpíadas antigas?”
- Ela me soltou: “Cê acha que sou museu, menino? Vai catar em arquivo público!”
A caçada nos porões
Segunda-feira acordei com vontade. Fui direto no Arquivo Nacional. O cara da recepção olhou pra mim como se eu fosse maluco quando pedi documentos sobre uniformes olímpicos haitianos. Depois de três horas esperando, um senhor carrancudo me entrega uma caixa empoeirada. Parecia que ninguém abria aquilo desde 1984.
Comecei a catar as folhas amareladas. Tinha desde telegramas da comitiva até rascunhos de figurinos. Meus dedos ficaram todos pretos de sujeira. De repente, meu olho pregou num documento escrito à mão – era uma carta datada de 1928! O designer era um francês chamado Dubois que nunca tinha pisado no Haiti. O cabra se inspirou… nas listras de um uniforme escolar de Lyon! Só mudou as cores pra azul e vermelho. Achei tão absurdo que dei risada sozinho na sala de arquivos.
O que aprendi
Voltei pra casa cheio de foto dos documentos. Resumindo a treta toda:
- A bandeira só foi adotada depois, então as cores são coincidência
- Os atletas odiaram o tecido pesado no calor
- O tal Dubois nunca recebeu os direitos autorais
Moral da história: às vezes a origem das coisas é tão sem noção que nem os livros contam. Fiquei com pena da equipe que teve que correr usando pano de cortina em clima tropical. Acabou que guardei cópia de tudo pra quando alguém perguntar. Se não fosse minha teimosia, essa história tava mofando até hoje!