Olha, esse papo de hormônio feminino, antes e depois… me fez lembrar de uma época meio corrida aqui em casa. Não foi nem comigo, sabe? Foi com a minha irmã mais nova. Ela começou a ter uns trecos esquisitos, um humor que ia do céu ao inferno em cinco minutos, um cansaço que não passava nunca. Coisa de doido.
Eu, como irmã mais velha, né? Fui tentar ajudar. Mergulhei de cabeça nesse assunto. Comecei a pesquisar na internet, lia um blog aqui, outro ali, cada um falava uma coisa. Uma hora era a tireoide, depois era estresse, aí falavam de reposição hormonal… nossa, fiquei mais perdida que cego em tiroteio. Conversei com umas amigas, com a minha mãe, cada uma tinha uma opinião, uma receita caseira, um médico pra indicar.
Nessa função toda, eu passava horas no computador depois do trabalho, lia até de madrugada. Ficava tão noiada com aquilo, que mal prestava atenção nas minhas coisas. Meu marido até reclamou que eu só falava disso, que tava ficando obcecada.
A Reviravolta Inesperada
E o mais engraçado foi o que aconteceu comigo no meio dessa história toda. De tanto pesquisar sobre o bem-estar da minha irmã, de tanto ler sobre sintoma, causa e efeito, comecei a reparar em mim mesma. Eu andava um caco! Estresse lá no teto, dormindo mal pra caramba, comendo qualquer porcaria na correria do dia a dia.
- Vivia cansada, igualzinho aos relatos que eu lia.
- Meu humor também tava uma montanha-russa, qualquer coisinha me tirava do sério.
- Zero paciência com as crianças, com o trabalho, com tudo.
Percebi que o meu “antes e depois” não tinha a ver com hormônio feminino desregulado, no sentido clássico da coisa. O meu problema era outro: eu tinha esquecido de mim. Completamente. Na ânsia de “consertar” a vida da minha irmã, eu estava me deixando desmoronar.
Foi um choque, sabe? Parei tudo. Respirei fundo e pensei: “O que eu tô fazendo?”. Chega. No dia seguinte mesmo, comecei a mudar umas coisas. Coisa pequena, no começo.
Primeiro, parei de tentar ser a salvadora da pátria da minha irmã. Incentivei ela a ir num médico bom, claro, mas tirei o peso do mundo das minhas costas. Depois, olhei pra minha rotina.
Decidi fazer umas mudanças práticas:
- Comecei a caminhar todo santo dia de manhã, nem que fosse por 20 minutos no quarteirão.
- Passei a controlar mais o que eu comia, menos porcaria, mais comida de verdade.
- Estabeleci um horário pra largar o celular e o computador à noite, pra tentar dormir melhor.
- Voltei a fazer umas coisas que eu gostava e tinha largado, tipo ler um livro que não fosse sobre doença ou problema.
Não foi milagre, não. Demorou um tempinho pra sentir a diferença. Mas aos poucos, fui me sentindo menos sobrecarregada, mais disposta, até meu humor deu uma melhorada boa. A pele ficou melhor, o cansaço diminuiu. Foi o meu “antes e depois” particular, iniciado por uma busca que nem era pra mim.
No fim das contas, a saga da minha irmã com os hormônios dela acabou me dando um empurrão necessário pra cuidar da minha própria saúde, física e mental. Cada um tem seu processo, suas batalhas, né? O importante é a gente se ligar e começar a agir, mesmo que o pontapé inicial venha de onde a gente menos espera.
