Gente, resolvi compartilhar minha saga pra aprender criatividade do zero. Tava cansado de ver todo mundo falando “ah, é só soltar a imaginação” como se fosse coisa fácil. Aí fui atrás de livros pra quem nunca rabiscou nem um quadradinho na vida.

O Começo da Confusão
Primeiro, fui na livraria e quase desisti. Os livros tinham uns negócios complicados demais! Até que a atendente me indicou uns três mais simples. Peguei o primeiro chamado “Roube como um Artista” porque o título era divertido.
- Abri o livro: Ufa, letras grandes e desenhos toscos. Perfeito pra mim!
- Testei o exercício: Tinha que copiar um desenho besta todo dia. Fiz um bonequinho palito parecendo macaco zumbi. Ri sozinho no café.
- Aprendi: O autor fala pra imitar até achar teu estilo. Fiz uns rabiscos horrorosos copiando quadrinhos por uma semana. Não virou arte, mas perdi o medo do papel em branco.
A Fase das Manchas
O segundo livro, “Criatividade Sem Vergonha”, chegou com manchas de café porque esqueci no sofá. Até isso virou exercício: o livro manda transformar borrões em bichos. Minha filha pequena achou que eu tava brincando com ela. Virou nossa zoeira diária – ela faz borrões, eu invento historias malucas.
O bizu mesmo foi o “Caderno de Erros” que o livro sugeriu. Comecei a colar ali tudo que dava errado: receita de bolo que virou pedra, desenho torto, até foto queimada. Virou meu livro preferido porque nada “precisa” ficar perfeito.
A Descoberta Inesperada
O terceiro livro “Ideias Fora da Caixa” quase não abri – capa feia da peste. Mas tinha um truque genial: fazer listas idiotas. Tipo “10 usos pra uma meia furada”. Minha lista:
- Vasinho pra planta (furo é dreno)
- Luvas sem dedo
- Saquinho de bala (lavar antes!)
Parece bobo, mas treinou meu cérebro pra achar soluções onde só via lixo. Até minha esposa começou a usar na cozinha: casca de ovo virou adubo, pote de sorvete virou tupperware…

O Que Sobrou no Fim
Hoje, meses depois, continuo com três manias:
- Rabisco todo santo dia – nem que seja coração nas contas do mês
- Erros viram piada em vez de frustração
- Transformo lixo em solução antes de jogar fora
Não virei Picasso, claro. Mas aprendi que criatividade é igual andar de bicicleta: cai, faz coisa feia, até o corpo aprender o movimento. O segredo é começar com livros que não levem a sério demais.