E aí, pessoal! Hoje eu tô aqui pra compartilhar uma aventura que me meti recentemente: fazer um macacão pantacourt do zero. Sabe quando a gente cisma com uma peça e não acha em lugar nenhum do jeito que a gente quer, ou com um preço que não seja um absurdo? Pois é, foi meu caso.

A saga pra começar: Tecido e Molde
Primeiro de tudo, fui atrás do tecido. Nossa, que novela! Rodei umas quantas lojas. Queria um tecido que tivesse um caimento legal, sabe? Mas que não fosse aqueles que amassam só de olhar. Achei uns lindos, mas o preço… salgado demais pro meu orçamento de artesã de fim de semana. Outros eram baratinhos, mas com uma cara de plástico que, sinceramente, não dava. Depois de muito procurar, achei um viscose que me pareceu bom, nem tão caro, nem tão vagabundo. Levei pra casa já pensando em mil coisas.
Aí veio a parte do molde. Eu não sou nenhuma costureira profissional, confesso. Pego umas coisas na internet, adapto aqui e ali. Achei um molde base que parecia simples. Parecia. Na hora de passar pro papel, de ajustar as minhas medidas, nossa senhora! A parte da calça pantacourt, com aquela boca mais larga, me deu um baile. Media, cortava o papel, media de novo. Minha sala virou uma bagunça de papel pardo e fita crepe.
Mão na Massa: Corta, Costura e Desmancha
Com o molde finalmente ajustado (ou assim eu esperava), respirei fundo e fui pro tecido. Aquela tesoura deslizando, e eu rezando pra não ter errado nenhuma medida. Uma vez cortado, já era, né? Deu um frio na barriga, mas fui em frente.
Comecei pela parte de cima, o corpo do macacão. As primeiras costuras até que foram tranquilas. Alfinetei tudo com a maior paciência do mundo. A máquina de costura resolveu colaborar, o que já é meio caminho andado. Mas aí chegou a hora de juntar as peças da calça. Aquele gancho da calça, gente, sempre me pega! Costurei, provei no corpo ainda todo aberto. Ficou esquisito. Desmanchei. Costurei de novo. Melhorou um pouco, mas ainda não tava bom. Eu já tava ficando com aquela vontade de largar tudo de lado.
Pensei: “Pra que fui inventar moda?”. Mas olhava pro tecido ali, já todo picotado, e pensava que não ia desistir. Teve uma hora que o elástico da cintura, que eu queria colocar pra dar um charme e um conforto, simplesmente não ficava no lugar. Ficava tudo franzido torto. Desmanchei de novo. Acho que desmanchei mais do que costurei nessa fase!

Os Detalhes e a Luz no Fim do Túnel
Depois de muita briga com a máquina e com o tecido, a coisa começou a tomar forma. Juntar a parte de cima com a calça foi um momento de glória. Quando vesti e vi que, sim, parecia um macacão, quase dei pulinhos de alegria. Claro que ainda faltava muito.
- Fazer a barra da pantacourt – que altura ficaria boa?
- Colocar um zíper escondidinho na lateral pra facilitar na hora de vestir. Esse zíper, aliás, deu um trabalhão pra ficar realmente invisível.
- Fazer o acabamento do decote, pensei em um viés simples, pra não complicar muito.
Cada pequena etapa vencida era uma comemoração. Fazer a bainha da calça, por exemplo, parece simples, mas pra ficar retinha e na altura certa, precisei de paciência e de provar umas cinco vezes.
E o Resultado Final? Valeu a Pena?
E no final das contas, depois de algumas tardes e noites dedicadas, meu macacão pantacourt ficou pronto! Olho pra ele e nem acredito que fui eu que fiz. Tem seus defeitinhos? Claro que tem! Uma costurinha aqui que não tá 100% reta, um detalhezinho ali que só eu sei. Mas quer saber? É meu!
A sensação de vestir uma peça que você mesma criou, que você escolheu o tecido, que você quebrou a cabeça pra fazer, é indescritível. Dá um orgulho danado! E o melhor de tudo, ficou do jeitinho que eu queria, com o caimento que eu imaginei. Com certeza vou usar muito.
Essa foi minha pequena aventura no mundo da costura. Dá trabalho, a gente passa raiva às vezes, mas o resultado compensa cada alfinetada no dedo e cada costura desmanchada. E vocês, já se aventuraram a fazer as próprias roupas?
