Pois é, essa história de “homem emocione”… comecei a pensar nisso um tempo atrás, mais precisamente quando percebi uma coisa esquisita acontecendo comigo e com a rapaziada ao meu redor. A gente simplesmente não sabia lidar muito bem com o que sentia, ou melhor, a gente até sentia, mas travar na hora de demonstrar era quase regra.

O que faz um homem emocione de verdade? 3 segredos revelados.

Sabe aquela coisa de engolir o choro, de se fazer de durão o tempo todo? Parecia que vinha num manual não escrito que a gente recebia quando nascia. E eu mesmo, preciso confessar, caí nessa armadilha várias e várias vezes. Achava que era sinônimo de força, de ser “macho”. Que bobagem, né?

Minha virada de chave pessoal

Aí, um dia, cansei. Cansei de me sentir um bloco de concreto por dentro. Resolvi que ia tentar fazer diferente, pelo menos comigo mesmo. Comecei devagarinho, tentando identificar o que eu realmente estava sentindo. Parece simples, mas não é. A gente se acostuma tanto a reprimir que até nomear as emoções vira um desafio.

Depois de identificar, vinha a parte mais “complicada”: externalizar. Nada de virar um poço de lamentações, mas simplesmente ser honesto. Se eu estava feliz, demonstrava. Se estava chateado com algo, tentava conversar em vez de guardar e ficar remoendo. Se estava ansioso, falava sobre isso com alguém de confiança.

No começo foi estranho pra caramba. Pra mim e pros outros. Lembro de uma vez que comentei com um amigo que estava me sentindo meio pra baixo, sem um motivo específico aparente. Ele ficou me olhando com uma cara de “ué?”, tipo, esperando a piada. Mas não tinha piada. Eu só estava sendo sincero.

O que eu fui percebendo nesse processo?

O que faz um homem emocione de verdade? 3 segredos revelados.
  • Primeiro, que um peso enorme saía das minhas costas. Guardar emoção cansa, e cansa muito.
  • Segundo, que as minhas relações começaram a mudar. Algumas pessoas se afastaram, talvez por não saberem lidar com essa minha nova postura. Mas outras, e isso foi o mais legal, se aproximaram ainda mais.
  • Terceiro, e talvez o mais importante, eu comecei a me entender melhor. A entender meus gatilhos, minhas reações, meus limites.

O “estalo” com um amigo

Teve um episódio que foi um divisor de águas pra mim. Um grande amigo, o Carlão, sempre foi aquele tipo “rocha inabalável”. Nunca demonstrava fraqueza, sempre com uma solução na ponta da língua pra tudo. Um dia, a gente estava tomando uma cerveja, e ele começou a falar sobre uns problemas pesados que estava passando no trabalho e com a família. Coisas que ele nunca tinha dividido com ninguém.

Ele foi falando, falando, e de repente, os olhos dele encheram d’água. Ele não chegou a chorar de soluçar, mas ficou ali, com a voz embargada, visivelmente emocionado. Naquele momento, eu não fiz nada além de ouvir. Sem julgamentos, sem conselhos prontos, sem tentar minimizar a dor dele. Apenas ouvi e disse que estava ali por ele.

No dia seguinte, ele me mandou uma mensagem agradecendo. Disse que aquela conversa tinha sido fundamental e que se sentia muito mais leve. E falou algo que me marcou: “Cara, que bom que você deixou eu ser só eu mesmo ali, sem precisar ser o fortão”.

Pimba! Ali a ficha caiu de vez. Não é sobre fraqueza, é sobre humanidade. Quando um homem se permite emocionar, ele não só se alivia, como também abre um espaço seguro para que outros homens ao seu redor façam o mesmo. Cria uma conexão muito mais profunda e verdadeira.

Essa cultura de que “homem não chora” ou que “homem tem que ser durão” é uma das maiores besteiras que a gente aprendeu. Só serve pra criar um monte de gente reprimida, ansiosa, e muitas vezes, solitária, mesmo rodeada de pessoas. A gente acaba construindo relações superficiais porque tem medo de mostrar quem a gente é de verdade por dentro.

O que faz um homem emocione de verdade? 3 segredos revelados.

Então, essa minha “prática” de me permitir sentir e demonstrar tem sido libertadora. Não é um processo que acontece da noite para o dia, é uma construção diária. E o tal do “homem emocione”? Pra mim, é simplesmente o homem sendo mais inteiro, mais real. E isso, meus amigos, não tem preço.

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