Como eu fiz meus broches de cristal
Então, esses dias me deu na telha de fazer uns broches de cristal. Sabe como é, né? A gente acumula umas coisas e de repente pensa em dar um uso pra elas. Eu tinha um monte de pedrinhas soltas, restos de bijuterias antigas, uns cristais meio sem par que ficavam rolando numa caixinha. Fiquei olhando praquilo e pensei: “Por que não tentar fazer uns broches?”.

Primeiro passo foi catar todo o material que eu ia precisar. Revirei minhas gavetas de artesanato, a caixa de costura… A parte mais chatinha foi encontrar umas bases de broche decentes. Achei umas três, bem simples, de metal, que serviam pro que eu queria.
O que eu separei pra essa aventura:
- As tais bases de broche de metal.
- Um monte de pedaços de cristal, strass, umas miçangas maiores, tudo que brilhava e parecia que ia dar certo.
- Cola. Usei uma cola bem forte, daquelas que falam que colam até pensamento. Tinha que ser boa pra segurar o cristal no metal.
- Uma pinça, daquelas de sobrancelha mesmo, porque pegar pecinha minúscula com o dedo não dá, né?
- E claro, uma dose extra de paciência, porque já imaginava que não ia ser rapidinho.
Com tudo na mesa, comecei a brincadeira. Limpei bem as bases de metal, pra tirar qualquer sujeira ou gordura. Depois, fui pegando as pedrinhas com a pinça e só colocando em cima da base, pra ter uma ideia de como ia ficar. Não fiz desenho nem nada, fui montando na hora, meio que no improviso.
A montagem foi assim: eu pegava a base, pingava um tico de cola onde eu queria a pedra principal, geralmente a maior. Aí, com a pinça, colocava a pedra no lugar e apertava um pouquinho, com cuidado pra não lambuzar tudo. Depois, ia preenchendo os vãos com as pedrinhas menores, pingando cola e ajeitando com a pinça. Repeti isso um monte de vezes pra cada broche. É um trabalho de formiguinha.
Teve uma hora que eu esbarrei na mesa e um dos broches, quase pronto, voou longe. Caiu no chão, espalhou pedrinha pra tudo quanto é lado. Pensa na raiva! Respirei fundo, juntei tudo que deu pra salvar, limpei de novo e recomecei aquele. Acontece, né? Quem faz trabalho manual sabe que nem tudo sai perfeito de primeira.

Depois de colar tudo em cada base, deixei eles quietinhos secando. É importante não mexer. Deixei de um dia pro outro, pra ter certeza que a cola estava bem seca e as pedras não iam despencar depois.
E o resultado?
Olha, sinceramente? Fiquei até surpreso. Não ficaram parecendo joia de loja cara, óbvio, mas ficaram bem charmosos. Cada um ficou único, com seu próprio desenho bagunçado de pedras. Um mais brilhante, outro com umas pedras mais foscas que achei, ficou interessante a mistura.
Deu trabalho, sujei a mesa, quase perdi a paciência com o broche que caiu, mas valeu a pena. Consegui usar aquelas pedrinhas que estavam só ocupando espaço. Agora tenho uns broches diferentes pra colocar numa jaqueta, num cachecol, ou sei lá. Talvez até dê um de presente.
É isso aí. Fazer as coisas com as próprias mãos tem dessas, cansa um pouco, mas depois a gente olha pro resultado e sente um orgulhinho. “Fui eu que fiz!”. É uma sensação boa.