Olha, vou te contar uma coisa que andei fazendo esses dias. Sabe quando bate aquela vontade de criar algo com as próprias mãos? Pois é, me deu essa louca e resolvi tentar fazer um corselet. Não me pergunte de onde tirei a ideia, acho que vi algo parecido em algum lugar e pensei: “Será que consigo?”.
Primeiro passo foi catar o material. Não sou nenhum expert em costura, então fui meio no improviso. Achei um tecido bacana que tinha guardado aqui, um retalho grande até. Precisava também daquelas varetinhas pra dar estrutura, as tais barbatanas. Fucei numa loja de aviamentos aqui perto e achei umas que pareciam servir. Linha, agulha, essas coisas básicas eu já tinha.
Mão na Massa
Aí começou a aventura de verdade. Peguei um molde que achei mais ou menos parecido com o que eu queria. Risquei no tecido com um giz de alfaiate velho que era da minha avó. Cortar foi a parte tensa, porque né, um corte errado e já era. Tentei ir com calma.
Depois veio a costura. Minha máquina é guerreira, mas meio temperamental. Pra juntar as partes do corselet, que tem umas curvas danadas, foi um sufoco. Descosturei umas duas vezes porque não estava encaixando direito. Paciência foi a palavra chave aqui.
- Riscar o molde no tecido.
- Cortar com cuidado todas as peças.
- Juntar e costurar as partes principais.
- Fazer os canaizinhos para as barbatanas.
- Costurar as barbatanas no lugar certo.
- Colocar os ilhoses atrás para passar a fita.
A parte de colocar as barbatanas foi interessante. Tem que fazer tipo um túnelzinho de tecido e enfiar elas lá dentro. Deu um trabalhinho pra ficarem retas e não deixarem o tecido todo enrugado. Precisei de firmeza na mão.
Por último, a parte de trás, onde passa a fita pra apertar. Decidi colocar ilhoses. Rapaz, fazer aqueles furinhos e prender os ilhoses com o alicate específico foi mais difícil do que eu pensava. Alguns ficaram meio tortos, confesso, mas funcionam!
O Resultado e a Reflexão
Olha, sinceramente? Não ficou uma peça de alta costura não, viu? Tem lá seus defeitinhos, uma costura que saiu um pouco do lugar, um ilhós meio tímido. Mas quer saber? Deu certo! Veste direitinho e tem a forma que eu imaginava.
O mais legal foi o processo. Quebrar a cabeça, tentar, errar, consertar. Me lembrou de quando eu era mais novo e tentava montar aqueles kits de aeromodelismo. Nem sempre ficava perfeito, mas a graça era construir.
Fazer esse corselet me fez pensar em como a gente se acostumou a ter tudo pronto. É bom poder comprar o que a gente precisa, claro. Mas criar algo do zero, mesmo simples, mesmo com imperfeições, traz uma satisfação diferente. Ver a peça pronta, sabendo que cada pedacinho passou pelas minhas mãos… isso não tem preço. Deu um orgulho danado, mesmo sendo só um corselet meio capenga feito em casa.
