Olha, gente, hoje eu vim aqui contar uma saga que passei recentemente e que, olha, me deu um trabalhão danado, mas no final valeu a pena. Tudo começou quando inventei que precisava desesperadamente de uma sandália fúcsia. Isso mesmo, fúcsia! Não era rosa, não era pink, tinha que ser fúcsia.
Eu tinha um casamento pra ir e coloquei na cabeça que essa cor ia ser o toque final perfeito num vestido que eu já tinha. Sabe como é, né? Quando a gente cisma com uma coisa… Aí começou a minha jornada. Primeiro, como toda pessoa moderna, fui caçar na internet. Gastei horas e horas olhando site atrás de site. E o que eu encontrava? Ou era um absurdo de caro, tipo, o preço de um rim, ou então a cor não batia. Aparecia cada tom de rosa esquisito que eles chamavam de fúcsia que dava até tristeza. E as poucas que pareciam promissoras, claro, ou não tinham meu número ou o frete demorava uma eternidade e não ia chegar a tempo.
Cansei de procurar online e decidi que ia ter que ser na raça mesmo: bater perna em shopping. Nossa, que canseira! Fui em um, fui em outro… loja após loja. Eu já tava quase pedindo arrego. Entrava, olhava tudo, perguntava pras vendedoras – muitas delas me olhavam com uma cara de “fúcsia? que cor é essa?” – e nada. Às vezes eu até achava alguma coisa parecida, mas quando pegava na mão, o material era tão ruinzinho, sabe? Plástico puro, com cara de que ia desmontar na primeira usada. E o preço? Lá nas alturas, como se fosse ouro!
Teve uma hora que eu quase chorei de raiva. Vi uma numa vitrine que, de longe, parecia A SANDÁLIA. Corri pra dentro da loja, meu coração até batia mais forte. Peguei a bendita na mão e… que decepção. Era dura, desconfortável só de olhar, e o acabamento, nossa senhora. Pior que isso, só o precinho salgado que tavam pedindo. Fiquei tão frustrada que pensei: “Quer saber? Vou com qualquer sapato preto básico e pronto”.
Já tava desanimada, voltando pra casa, quando passei por uma ruazinha mais escondida e vi uma lojinha pequena, daquelas de bairro mesmo, que a gente normalmente nem dá muita bola. Resolvi entrar, mais por desencargo de consciência do que por esperança. E não é que o milagre aconteceu? Lá no cantinho, meio escondidinha, tinha uma sandália fúcsia! Não era exatamente o modelo dos meus sonhos mais malucos, mas a cor era exatamente o fúcsia que eu queria. Peguei, experimentei e, pra minha surpresa, era super confortável! E o melhor: o preço era justo, coisa rara hoje em dia.
Levei na hora, né? No dia do casamento, usei a minha sandália fúcsia com o maior orgulho. Dancei a noite inteira, me diverti horrores e o pé ficou intacto, sem nenhuma bolha. Às vezes a gente fica tão obcecado em achar o “perfeito” que esquece de olhar pro lado. A minha saga da sandália fúcsia me ensinou que nem sempre o mais caro ou o mais difícil de encontrar é o melhor. E que uma boa dose de persistência, misturada com um pouquinho de sorte de entrar na loja certa na hora certa, faz toda a diferença. Foi um perrengue, mas o resultado compensou cada passo dado nessa busca!
