Então gente, hoje decidi botar no blog uma experiência que me salvou namoro. Tava namorando fazia uns dois anos e as coisas começaram a esfriar. Parecia que a gente só falava de contas, Netflix e “o que vamos jantar?”. Aí uma noite, encostado no sofá vendo ela mexendo no celular com aquele sorriso forçado, me bateu a fúria. Não aguentava mais aquele gelo.

Como eu Desenhei as Perguntas
Primeiro, fui rabiscando num caderno velho tudo que me irritava na relação. Tava cheio de “ela não entende meus projetos!” e “nunca falamos dos medos”. Lembrei da época que a gente conversava horas sobre sonhos malucos. Aí veio o estalo: cadê aquela profundidade? Fui pesquisando artigos porcas sobre relacionamentos mas só achava coisa genérica. Decidi criar minhas próprias perguntas na marra.
A Armadilha que Armei (e Funcionou)
Esperei uma sexta-feira depois do trabalho, ela toda derretida no sofá. Cheguei com dois copos de vinho e soltei: “Amor, tô com uma ideia idiota. Vamos brincar de perguntas sem noção?” Meti as caras e comecei com:
- Se você ganhasse uma fortuna agora, qual seria tua primeira loucura? (Ela soltou que queria abrir uma cafeteria pra gatos. Nunca tinha falado isso!)
- Qual mágoa nossa você ainda guarda num cantinho? (Confessou que ficou bolada quando esqueci nosso aniversário de 5 meses. CINCO MESES!)
Quando fiz a terceira – “O que eu faço que te deixa insegura?” – ela engasgou o vinho. Pensei: ferrei. Mas aí soltou que se sentia insignificante quando eu ficava horas arrumando meu projeto de carros. NUNCA tinha me dito isso! A última foi a que rachou a gente: “Onde você se imagina daqui a três anos… e eu tô nesse plano?”. Ela ficou quieta uns 30 segundos. Até minha unha já tava sendo mordida.
O Que Sobrou no Chão
No outro dia, acordei com um bilhete no café: “Nunca falei sobre a cafeteria de gatos porque parecia ridículo. Obrigada por perguntar.” E sabe o que aconteceu? Virou rotina! Todo domingo a gente pega três perguntas aleatórias dessas e joga na mesa. Às vezes vira briga? Claro! Já descobri que ela tem medo patológico de perder o cachorro. Mas hoje sei como segurar a mão dela quando passa um pastor alemão na rua.
Moral: perguntas idiotas que parecem furadas salvam mais relacionamento que buquê de flores. Tô aqui consertando minha própria merda e compartilho só porque deu certo. Quem testar e apanhar de colher de pau, culpa não é minha.
