Olha, vou contar como foi minha experiência com isso. Semana passada minha vó faleceu e aí me bateu a dúvida: posso ir ao velório menstruada ou não? Perguntei pra tia mais velha e ela soltou: “Nossa, filha, nem pense nisso! É falta de respeito!”. Fiquei naquela neurose.
Pesquisando sobre o assunto
Resolvi ir atrás de respostas. Primeiro falei com minhas primas:
- A Carla disse que na família dela proíbem total
- A Roberta contou que já foi escondida e deu ruim
- Até minha mãe confirmou: “Isso vem dos nossos bisavós”
Depois fui na Dona Marta, aquela senhora que sabe tudo de cultura popular. Ela explicou direitinho: “Menina, antigamente acreditavam que o sangue atraía mau-olhado pro defunto. Era uma proteção espiritual, entende?”
Testando alternativas
Como queria respeitar minha família sem prejudicar minha saúde, tentei umas saídas:
- Visitei o caixão antes do velório começar, quando só tava a funerária
- Deixei meu abraço gravado num áudio pro meu primo
- Mandei flores com cartão pessoal explicando minha ausência
- No enterro, fiquei atrás do último grupo de parentes
Deu certo?
Confesso que fiquei com o pé atrás, mas surpreendeu! Até meu tio conservador veio agradecer depois: “Você soube honrar tua avó sem quebrar nossas crenças”. E o melhor? Ninguém ficou sabendo do meu período, evitando fofoca.
No final entendi uma coisa: tradição não precisa ser briga. Dá pra achar caminhos que respeitam os mais velhos sem afetar meu bem-estar. O que importa mesmo é a intenção de honrar quem partiu.