Tava lá eu no domingo, tentando aproveitar um sol depois do almoço, quando do nada apareceu aquela fisgada chata na sola do pé. Minha Birken tava começando a virar uma dor de cabeça. Simplesmente frustrante pagar tão caro numa sandália que começa a massacrar.

Primeiro passo: investigação manual
Peguei a sandália e virei pra ver se tinha pedra ou coisa assim. Nada! A borracha tava mais dura que tabela de frete. Tirei o pé e notei dois detalhes:
- A palmilha tava ressecada e áspera – tipo lixa de madeira
- A tira de couro encolheu – parecia que o dedão tava sendo esmagado
Parti pro ataque caseiro
Lembrei que minha avó sempre usava coisa simples pra arrumar sapato. Fui na cozinha e peguei:
- Meu pote de hidratante corporal (aquele cheiroso)
- Pano de prato velho limpo
- Dois panos de prato úmidos
Operação moleza na palmilha: Espalhei o creme generosamente nas partes mais rígidas e deixo escorrendo mesmo. Enrolei a sandália nos panos úmidos e joguei tudo num saco plástico. Deixei uma tarde inteira sofrendo naquele sauna improvisado.
Guerra às tiras apertadas: Enchi um balde até a metade com água morna (quente, mas sem ferver!), enfiei só a parte das tiras e joguei duas colheres de sopa do meu hidratante lá dentro. Mergulhei tudo por uns 15 minutos enquanto tomava um café.
A mágica da secagem
Tirei do balde e calcei na hora com meias grossas – aquelas de inverno mesmo. Fiquei andando pela casa uns 30 minutos fazendo bagunça nas tiras úmidas. Depois deixei elas descansando no sol fraquinho do fim de tarde.

Resultado que salvou meu pé
Na segunda-feira coloquei de novo e senti outra sandália! A palmilha amoleceu como massa de bolo, e as tiras tão folgadas na medida certa. Zero gasto e zero trabalho com coisa mirabolante. Isso já tem umas três semanas e segue firme. Pra quebrar o galho, é sucesso garantido!