Olha, vou te contar, essa história do vestido branco e longo pra virada do ano… Decidi que precisava de um. Sabe como é, né? Aquela pressão, todo mundo fala que tem que ser branco pra trazer paz, longo pra ter um ar mais, sei lá, chique na praia.

Aí começou a minha saga pessoal atrás do tal vestido. Fui bater perna, primeiro no shopping aqui perto. Rodei umas cinco lojas, só achava coisa ou muito cara, ou com um tecido que parecia plástico, sabe? Ou então era branco, mas curto. Não servia.
Depois, tentei a internet. Meu Deus, que confusão. Foto é uma coisa, né? Mas vai saber se o tecido é bom, se o tamanho vai dar certo. Fiquei horas olhando site, medindo com fita métrica, comparando. Maior canseira. Desisti.
A busca continua na rua mesmo
Resolvi ir no centro da cidade. Fui naquelas ruas de comércio mais popular. Andei pra caramba, entrei em loja que nem sabia que existia. Era cada modelo:
- Um era lindo, mas tinha um decote que, nossa, não dava pra mim.
- Outro era perfeito no corpo, mas o branco era meio amarelado, esquisito.
- Tinha uns de renda que pareciam toalha de mesa da minha avó.
- E os preços? Uns ok, outros absurdos pelo que era.
Já estava quase desistindo, pensando em ir com qualquer roupa mesmo. Aí, numa lojinha pequena, meio escondida, achei um. Simples. Bem simples mesmo. Tecido tipo viscolycra, sabe? Mas era branco, era longo, e o preço não me assustou. Levei esse mesmo, fazer o quê.
O grande dia (ou noite) do vestido
Chegou a noite da virada. Me arrumei, botei o vestido. Olhei no espelho. Tava ok. Fomos pra praia encontrar os amigos. A areia já começou a complicar. A barra do vestido varrendo aquele chão úmido… já me deu um nervoso.

Na hora de sentar na canga, maior cuidado. Qualquer pingo de espumante já me deixava em alerta. Comer então? Um desafio. Parecia que eu tava carregando um peso, uma preocupação. Não relaxei direito, sabe?
No fim da festa, quando cheguei em casa e tirei o vestido… misericórdia. A barra estava preta! Tinha umas manchas misteriosas que nem sei de onde vieram. Parecia que o vestido tinha ido pra guerra, não pra uma festa.
E depois? A saga da lavagem
Lavar aquilo foi outro capítulo. Deixei de molho, esfreguei com sabão de coco, com todo cuidado do mundo. Saiu a maior parte da sujeira, mas não ficou branquinho como antes, não. Deu um trabalho danado.
Agora ele tá lá, guardado. Ocupando espaço. Se vou usar de novo? Sinceramente? Acho difícil. Talvez pra outra festa específica, sei lá. Mas pra virada do ano na praia de novo? Acho que não encaro mais não. Muita complicação pra uma noite só. Talvez ano que vem eu vá de curto mesmo, ou nem branco. Foi uma experiência, né? Mas que deu trabalho, ah, isso deu.