Desvendando o tal do meme do Rubinho
Olha, vou te confessar uma coisa, esse papo de meme do Rubinho, quando a gente bate o olho pela primeira vez, parece só mais uma daquelas bobeiras da internet, sabe? Uma piadinha rápida com o Barrichello, sempre chegando atrasado e tal. Só que aí, dando uma cavucada, a gente percebe que a história é um pouquinho mais complexa.
No começo, o que me veio à cabeça foi: “Ah, beleza, é só porque ele vivia batendo na trave na Fórmula 1, sempre ali na cola do Schumacher, mas nunca levando a melhor, essas paradas.” E olha, não vou mentir, uma fatia bem grande da torta vem daí mesmo. A galera realmente pegou essa fama dele de “sempre por último” pra zoar em tudo quanto é canto.
Mas aí, com o tempo, comecei a notar uns detalhes diferentes. O meme não ficou parado lá atrás, congelado. Ele foi se mexendo, mudando de forma. De uma hora pra outra, não era mais só sobre corrida. Virou piada pra falar sobre:
- Aquela notícia que já tem mofo e alguém resolve postar como se fosse o último furo.
- Aquele amigo que demora uma eternidade pra sacar uma piada que todo mundo já riu.
- Qualquer situação que pinte onde alguém tá totalmente por fora do assunto ou chega quando a festa já acabou.
Aí bateu aquela curiosidade, né? “Mas por que cargas d’água justo o Rubinho?” Vários outros pilotos também não eram campeões toda hora. Por que justo ele virou o garoto-propaganda oficial do meme do atraso?
E é aí que entra a minha “investigação particular”, se é que dá pra chamar assim. E o estalo pra eu parar e realmente pensar nisso tudo veio de um jeito bem besta, na real.
Sabe como é a vida, né? Eu tava num churras lá em casa, coisa de família, um tempo atrás. Aí meu sobrinho, um moleque ainda, soltou uma piada usando o Rubinho que, juro pra vocês, eu não pesquei de primeira. Não era aquela piadinha manjada do “Bom dia, Rubinho!” quando o sol já tá quase se pondo. Era uma coisa mais… diferente, nem sei explicar. Fiquei me sentindo o próprio Rubinho na piada que eu não tinha entendido. Aquilo ficou martelando na minha cabeça de um jeito que vocês não têm ideia.
Cheguei em casa mais tarde, e antes de capotar na cama, comecei a fuçar. Abri o computador e fui atrás de vídeo antigo, comentário em fórum de discussão de trocentos anos atrás, tentando ver como é que essa brincadeira toda tinha evoluído. Descobri que não era só sobre “chegar em segundo lugar”. Tinha muito a ver com a teimosia dele, com aquele jeitinho brasileiro de levar as coisas na esportiva, mesmo quando o caldo tá entornando. O Rubinho, coitado, acabou virando um ícone de um jeito que nem ele deve fazer ideia.
O que eu saquei no fim das contas é que o meme do Rubinho é quase que nem feijão com arroz pra gente aqui. Ele se ajeita, se encaixa. Ele continua vivo e forte porque, no fundo, a gente vive se vendo um pouco nessa história de estar sempre um tiquinho “atrasado” pra alguma coisa, ou de rir da própria lerdeza, ou simplesmente de tirar um sarro de leve de alguém (quase sempre na boa, claro).
Então, pra resumir a ópera, o que começou como uma zoeira boba com um piloto de Fórmula 1 acabou virando um jeito rápido e prático de passar uma ideia, de se comunicar. E eu só fui cair a ficha do tamanho da coisa toda por causa daquela bendita piada do meu sobrinho que me deixou com a pulga atrás da orelha. Parece coisa de doido, né? Mas é bem assim que a gente vai aprendendo as paradas da vida, tropeçando aqui e ali, ou melhor dizendo, chegando um pouquinho depois pra entender a piada e rir junto.
