Então, gente, hoje vou contar pra vocês como foi minha aventura fazendo uns brincos de citrino. Sabe como é, né? A gente vê uma coisa bonita na vitrine, acha um charme, mas aí olha o preço e pensa: “Nossa, será que não dá pra fazer em casa?”. Pois é, foi bem assim que começou essa história.
Primeiro, catei o material. Tinha uns pedacinhos de citrino que comprei faz um tempo, pensando justamente em alguma arte. Faltava o fio, aqueles de bijuteria, e os ganchinhos de brinco. Fui numa lojinha dessas de artesanato, um paraíso e um perigo pro bolso, vocês sabem. Escolhi um fio prateado, que achei que combinava bem com o amarelo do citrino. E os ganchos, peguei uns simples, antialérgicos, porque minha orelha é fresca pra essas coisas.
Aí começou a parte divertida, ou nem tanto, dependendo da paciência. Peguei meu alicate de ponta redonda, aquele que já viu dias melhores, mas quebra um galho danado. Cortei um pedaço do fio, nem muito grande, nem muito pequeno. A ideia era enrolar o fio na pedrinha de citrino, fazendo uma espécie de gaiolinha, e depois fazer uma argolinha pra prender o gancho.
Olha, vou te dizer, a primeira tentativa foi um desastre. Enrolei, desenrolei, o fio ficou todo torto, a pedra escapava. Pensei: “Meu Deus, isso não vai dar certo”. Mas sou teimosa, né? Respirei fundo e comecei de novo. Com mais calma, fui pegando o jeito. O segredo, descobri, é não apertar demais o fio de uma vez, ir moldando com jeitinho.
Depois de lutar um bocado com o primeiro citrino, consegui fazer uma voltinha que me agradou. Aí fiz a argolinha na ponta com o alicate. Pronto, a primeira parte estava vencida! Faltava o par, claro. E aí vem aquele desafio: fazer o segundo brinco o mais parecido possível com o primeiro. Porque, né, ninguém quer sair por aí com um brinco de cada tamanho, parecendo que pegou um de cada gaveta.
Repeti o processo todo pro segundo brinco. Cortei o fio, enrolei na pedra, fiz a argola. E não é que ficou até que parecido? Não ficou idêntico, idêntico, porque trabalho manual tem dessas coisas, cada peça é única. Mas ficou bom, fiquei satisfeita.

Por último, abri com cuidado a argolinha do gancho do brinco e encaixei na argolinha que fiz no citrino. Fechei bem com o alicate pra não ter perigo de escapar e eu perder meu trabalho todo por aí. Imagina a tristeza!
E pronto! Meus brincos de citrino feitos por mim mesma. Deu um trabalhinho? Deu. Precisei de paciência? Com certeza. Mas quer saber? A sensação de olhar pra eles e pensar “fui eu que fiz” não tem preço. Além do que, saíram bem mais em conta do que aqueles da loja chique. E o melhor: ficaram do jeitinho que eu queria.
Então, se você tem umas pedrinhas aí guardadas ou tá com vontade de criar alguma coisa, se joga! Às vezes a gente se surpreende com o que consegue fazer com as próprias mãos. E no final, mesmo que não fique perfeito como os de fábrica, tem um valor todo especial.