Olha, ver essas coisas de gente famosa, tipo a história com a esposa do Kanye, me faz pensar em como tudo muda rápido, né? A imagem pública, o que as pessoas pensam… uma loucura.

Isso me lembrou uma vez que eu inventei de fazer um projeto pessoal aqui em casa. Era pra ser só um negócio meu, sabe? Uma coisinha de marcenaria que eu vi num vídeo gringo e quis tentar replicar, um móvel pequeno pro meu canto de leitura.
O Começo da Empreitada
Primeiro, fui atrás da madeira. Nada muito chique, peguei uns compensados que já tinha aqui e mais umas tábuas que comprei baratinho num depósito perto de casa. Lembro que passei uma tarde inteira só lixando tudo, tirando farpa, deixando lisinho. Poeira pra todo lado!
Depois, peguei os planos que eu tinha rabiscado num papel. Tudo torto, mas dava pra entender. Comecei a cortar as peças. Minha serrinha tico-tico sofreu, coitada. Mede aqui, corta ali… várias vezes tive que medir de novo porque cortava errado. Normal, né? Quem nunca?
Aí veio a montagem. Parafuso, cola de madeira… aquela coisa toda. Fui juntando as partes. Uma prateleira aqui, um pé ali. Até que tava tomando forma. Gastei uns dois finais de semana nisso, trabalhando aos poucos.
A Surpresa e a Mudança de Rumo
Quando tava quase pronto, faltando só o verniz, minha sobrinha viu o móvel. Ela adorou e tirou umas fotos pra mostrar pras amigas. De repente, um monte de gente no grupo da família começou a perguntar quem tinha feito, se eu fazia pra vender. Fiquei até assustado!

O que era pra ser só meu, pro meu cantinho, virou outra coisa. Tinha gente dando opinião sobre a cor, o tamanho… uns até criticando a madeira que usei. Igualzinho essa gente que comenta da vida dos famosos sem saber de nada.
- Recebi mensagem de primo pedindo um igual.
- Tive que explicar que era só um passatempo.
- Percebi como uma coisa simples pode virar um falatório.
No fim, terminei o móvel, mas a sensação já era diferente. Não era mais só o “meu” projeto. Passei o verniz que eu queria, do jeito que eu queria, mas toda aquela atenção inesperada mudou um pouco a graça da coisa.
Acabei dando o móvel de presente pra minha irmã, que precisava mais do que eu. E aprendi uma lição: às vezes, quando você expõe algo, mesmo sem querer, tem que estar preparado pra todo tipo de reação. É bom manter certas coisas só pra gente mesmo, pra não perder o controle ou o prazer da coisa.