Pois bem, hoje resolvi me aventurar na venda de um Rolex que ficou parado na gaveta. Já fazia tempo que ele só acumulava poeira, e pensei: “por que não transformar isso em dinheiro?”.
Primeiro, tirei umas fotos do relógio com meu celular mesmo. Coloquei ele perto da janela pra pegar uma luz boa, e caprichei nos detalhes do mostrador e da pulseira. Até limpei o vidro com a camiseta pra ficar brilhando!
Fui atrás de onde anunciar:
- Perguntei pro meu primo se ele conhecia alguém interessado, mas só recebi um “deixa eu ver” e nunca mais soube
- Levei numa loja de penhores – o cara examinou com lupa e ofereceu metade do que eu esperava
- Experimentei colocar em grupos de Facebook, mas só apareceu golpista pedindo pra enviar por Sedex antes do pagamento
Fiquei quase desistindo até que lembrei da feira de antiguidades que rola todo mês no centro. Cheguei cedinho, arrumei meu cantinho num banquinho emprestado e deixei o Rolex bem visível. Nos primeiros minutos, só aparecia velhinho querendo trocar por moeda antiga.
Eis que um senhor bem vestido para, pega o relógio com cuidado e pergunta: “Quanto?”. Quando falei o preço, ele nem regateou! Só pediu pra ver o mecanismo interno, sacou uma luneta do bolso e analisou cada engrenagem. Depois de 5 minutos que pareceram horas, ele simplesmente disse: “Embalado está?”.
Fiz o pacote com um lenço que tinha na bolsa, ele contou as notas na minha mão e desapareceu na multidão. Melhor que qualquer transferência bancária!
Lições que aprendi na marra:
- Nenhum lugar paga preço justo igual a comprador particular
- O povo dos grupos online parece mais animado em aplicar golpe do que em comprar relógio
- Às vezes a solução mais velha (feira física) é a que funciona melhor
No fim, até que foi divertido. A grana extra já tem destino: vou levar minha mulher pra jantar fora. Mas confesso que fiquei com uma pontinha de saudade daquele peso no pulso toda vez que olho pra gaveta vazia agora.
