Tudo começou quando fui numa loja chique e o vendedor falou “isso aqui é perfume nicho, bem exclusivo”. Eu fiquei tipo: “tá, e daí?”. Mas ele me deu um cheirinho num papelzinho e, mano, aquilo grudou na minha mente uma semana inteira!

Cheguei em casa e fui fuçar na internet. Descobri que perfumes nicho:
- São feito artesanalmente, tipo produção pequena mesmo
- Usam matérias-primas muito mais caras que os comuns
- Tem umas combinações de cheiros totalmente malucas e únicas
E aí veio a parte complicada: como escolher um pra mim?
Primeiro cometi o erro clássico: comprei um frasco caríssimo só porque a embalagem era bonita. Resultado? Cheirei o negócio e só pensava “remédio pra vômito”. Dinheiro jogado fora, gente!
Depois disso, aprendi a fazer certo:
Passei uma tarde em perfumaria testando amostras. O segredo? Spray nos pulsos e vai embora! Deixar o perfume “respirar” na pele é essencial. Aquele que cheirou maravilha na loja? Três horas depois tava igual tinta de parede no meu braço.
Anotei tudo num bloquinho besta:

- “Comida com canela – bom no começo, depois ficou fedido”
- “Erva amarga – parecia grama recém-cortada com gasolina”
- “Talco doce – me lembrou vovó, não aguentei”
O clique veio na tentativa número 9
Tava quase desistindo quando experimentei um chamado “Floresta depois da chuva”. Na hora: “hmmm… terra molhada?”. Mas deixei agir. Duas horas depois, veio um cheiro de madeira velha com algo tipo limão estragado – mas do BOM, sabe? Parecia que tava dentro de uma biblioteca antiga.
Foi aí que entendi a graça: perfumes nicho não querem agradar todo mundo. São esquisitos de propósito, como música alternativa. O negócio é achar um que conte uma história na SUA pele, mesmo que pros outros cheire a guarda-roupa mofado.
Hoje uso meu “cheiro de floresta velha” até pra ir no mercado. Vira e mexe alguém torce o nariz, mas eu tô nem aí. Quando aquele cheiro de terra e papel úmido sobe pro meu nariz, me sinto dentro da minha própria história – e não tem preço que pague isso.