Então, gente, hoje vou contar uma história aqui sobre uma coisa que inventei de fazer um tempo atrás, um tal de busto. Sabe aquelas esculturas de cabeça e ombro que a gente vê em jardim chique ou museu? Pois é, me deu na telha de tentar fazer um.

Como tudo começou
Tudo começou num domingo à toa, passeando numa feirinha de artesanato. Vi umas peças de jardim, umas estátuas, e um busto meio antigo, meio desgastado, que achei bacana. Pensei comigo: “Pô, será que é tão difícil assim fazer um treco desses?”. Cheguei em casa com a ideia fixa na cabeça. Queria fazer um busto pra colocar no meu quintal, perto das plantas.
Mão na Massa (literalmente)
Primeira coisa: material. Não queria gastar muito, né? Fui numa loja de material de construção e artesanato. Acabei comprando um saco de argila dessas que secam ao ar livre, achei que seria mais fácil. Ferramenta? Peguei umas espátulas baratinhas e pensei em usar umas coisas de casa mesmo, tipo faca velha, colher…
Cheguei em casa todo animado. Forrei a mesa da garagem com jornal velho, abri o saco de argila – que sujeira! – e comecei. A ideia era fazer um rosto genérico, nada muito complicado. Só que, meu amigo, a teoria é uma coisa, a prática…
- Primeiro, tentei modelar a cabeça, uma bola meio oval. Até aí, beleza.
- Depois, fui tentar fazer o pescoço e os ombros. A argila era meio mole, ficava caindo. Tive que dar um jeito de escorar.
- A parte do rosto foi o terror. Nariz torto, olho fundo demais, boca parecendo um risco. Quanto mais eu mexia, pior ficava. Parecia um monstrinho.
Gastei umas boas horas nisso. Sujei tudo, minhas mãos pareciam as de um pedreiro depois de um dia de trabalho. E o resultado? Uma coisa esquisita que não lembrava nem de longe um busto.
A Frustração e a Virada
Fiquei olhando praquilo e bateu um desânimo. Pensei: “Isso não é pra mim, não levo jeito”. Larguei o troço lá na garagem e fui fazer outra coisa. Ficou uns dias lá, pegando poeira.

Mas aí, sabe como é, a gente é teimoso. Olhei de novo pro monte de argila e decidi tentar de um jeito diferente. Menos detalhe, mais simplicidade. Foquei mais na forma geral, sem me preocupar tanto se o olho estava perfeito ou o nariz simétrico. Usei mais as mãos mesmo, alisando, apertando. Usei uma colher pra fazer umas marcações mais rústicas.
O Resultado Final (ou quase)
Demorou mais umas tardes de fuça aqui, ajeita ali. Aos poucos, foi tomando uma forma que, vá lá, lembrava um busto. Não era um Michelangelo, longe disso! Era tosco, meio primitivo, mas tinha uma certa presença.
Deixei secar por uma semana, conforme as instruções da embalagem. A argila ficou dura, com umas rachaduras pequenas aqui e ali, o que até deu um charme, na minha opinião. Não pintei nem nada, deixei na cor natural da argila seca.
Levei pro quintal e coloquei num canto, entre umas samambaias. Minha esposa olhou, riu um pouco, mas disse que ficou “interessante”. Os filhos acharam meio esquisito.
Conclusão da minha saga do busto: Deu um trabalho danado, me sujei todo, passei raiva, mas quer saber? Foi legal. Aprendi que modelar é difícil pra caramba e que precisa de paciência. O meu busto tá lá no jardim, meio torto, meio rachado, mas fui eu que fiz. É uma lembrança dessa minha invenção de moda. Se eu faria de novo? Talvez, quem sabe um dia, com mais calma… ou talvez eu compre um pronto mesmo! Mas a experiência de meter a mão na massa, essa valeu.
