Olha, gente, vou te contar uma coisa que me meti a fazer esses dias e que, no começo, achei que ia ser um desastre total: shampoo caseiro, e ainda por cima com essa pegada “mamãe bebê”. Pois é, resolvi que ia tentar essa empreitada.

Shampoo mamãe bebê: seguro? Sim!

Tudo começou porque, sei lá, comecei a pegar implicância com tanto rótulo complicado nos shampoos de mercado. Você vai ler os ingredientes e parece que tá lendo um código secreto, um monte de nome que a gente nem consegue pronunciar. E pra pele do bebê, então? A gente fica com aquela pulga atrás da orelha, né? Querendo algo mais suave, menos agressivo. E pra mim também, que meu couro cabeludo andava meio rebelde, vivia coçando.

Aí, beleza. Fui pesquisar. Nossa Senhora! Quanta informação, quanta receita, cada uma falando uma coisa. Umas pareciam que eu ia precisar de um laboratório da NASA em casa, com ingredientes que eu nunca nem ouvi falar. Juro, por um momento pensei: “Desiste, compra logo um pronto e para de inventar moda”.

Mas sabe como é, né? Quando a gente cata uma ideia… Fui teimosa. Pensei: “Vou começar pelo básico do básico, alguma coisa tem que dar certo”. Catei umas ideias mais simples. A primeira tentativa? Meu Deus, que fiasco. Virou uma gosma esquisita, não fazia espuma, grudou no cabelo, uma tristeza. Lavei de novo com o meu antigo pra tirar aquela nhaca. Pensei: “Pronto, não nasci pra isso, vou continuar refém da indústria”.

Só que aí, olhando pro potinho da gosma falhada, fiquei pensando. “Onde foi que eu errei?” Fui reler umas coisas, ver uns vídeos de gente que parecia saber o que estava fazendo. Descobri que a proporção dos ingredientes era crucial. Coisa que eu, na minha primeira aventura, fiz meio no olho. “Ah, um pouquinho disso, um tantão daquilo…” Deu no que deu.

Então, respirei fundo e fui pra segunda rodada. Dessa vez, mais humildade, menos “artista incompreendida”. Peguei uma receita que parecia mais pé no chão. Usei um sabão de coco de boa qualidade, daqueles em barra mesmo, ralei ele todinho. Depois, fui misturando com água morna bem devagar, mexendo com paciência de monge. Adicionei umas gotinhas de óleo de amêndoas, que dizem que é bom pra hidratar, e um tiquinho de óleo essencial de lavanda, bem pouquinho, só pra dar um cheirinho suave e acalmar os ânimos (os meus, inclusive).

Shampoo mamãe bebê: seguro? Sim!

Fiquei ali na expectativa, mexendo aquela mistura, torcendo pra não virar outra gosma. E não é que o negócio começou a tomar forma? Ficou um líquido mais consistente, com uma corzinha simpática. Deixei esfriar, coloquei num frasco limpinho.

Na hora de testar, confesso que fui com medo. Mas, olha, que surpresa boa! Não fez aquela montanha de espuma que nem os de comercial, porque né, não tem aqueles químicos todos pra isso. Mas limpou direitinho. O cabelo do pequeno ficou macio, cheirosinho. E o meu? Parece que até a coceira deu uma trégua. Que alívio!

Não vou dizer que agora sou a rainha do shampoo caseiro e que nunca mais compro um pronto. Dá um certo trabalho, tem que ter paciência, acertar a mão. Mas a sensação de usar uma coisa que você mesma fez, sabendo exatamente o que tem ali dentro, especialmente pro seu filho, ah, isso não tem preço. Agora, toda vez que entro no banheiro e vejo o frasquinho, dou um sorrisinho. Valeu a pena a teimosia e a gosma da primeira vez.

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