Olha, vou te contar uma coisa sobre essa tal de tabela de cores de cabelo. Eu mesma já passei um perrengue danado com isso, viu? Quis mudar a cor do cabelo um tempo atrás, cheguei na loja de cosméticos e dei de cara com aquela parede cheia de caixinha, cada uma com um nome mais doido que o outro: “Louro Cinza Ultra Claro”, “Chocolate Intenso”, “Acaju Púrpura”… Fiquei perdidinha!
Aí a vendedora, muito paciente, me veio com uma cartolina cheia de mechinhas de cabelo sintético, toda organizada. Era a famosa tabela de cores. No começo, achei que era só pra ver a corzinha ali e pronto. Que nada! Tinha uns números que eu não entendia bulhufas.
Entendendo os números na prática
Peguei aquilo pra olhar com calma. A moça me explicou mais ou menos:
- Tinha um número antes do ponto (tipo 7.0). Esse era a cor base, o quão claro ou escuro era o tom. Ia do 1 (preto) até o 10 ou 12 (louro claríssimo).
- Depois do ponto (tipo 7.1), vinha outro número. Esse era o “reflexo”, a nuance da cor. Se era acinzentado (.1), dourado (.3), acobreado (.4), e por aí vai.
Fiquei ali um tempão, comparando as mechinhas da tabela com fotos que eu tinha levado no celular e com meu próprio cabelo. Foi aí que a ficha caiu! Eu entendia porque uma vez tentei pintar de “louro mel” e ficou um troço alaranjado esquisito. Meu cabelo já tinha um fundo meio avermelhado, e eu não levei isso em conta. A tabela me ajudou a visualizar melhor essas misturas.
A descoberta da utilidade real
Passei a ver aquela tabela não só como um mostruário, mas como um mapa. Comecei a sacar melhor: “Ah, então se meu cabelo é um 5 (castanho claro) e eu quero clarear pro 7 (louro médio), preciso ver se vai precisar descolorir ou não”. E os reflexos? Passei a entender que pra neutralizar um tom amarelado, precisava de um reflexo tipo o .1 (cinza) ou .2 (irisado/violeta).
Não virei cabeleireira profissional, longe disso! Mas, nossa, facilitou demais minha vida. Agora, quando vou comprar tinta ou conversar com quem vai pintar meu cabelo, eu já chego falando “Olha, eu gosto desse tom aqui, um 6.3, será que pega bem no meu cabelo que é um 4?”. Parece besta, mas saber o básico dessa numeração me deu muito mais segurança.
Então, meu relato é esse. No começo, a tabela de cores parece um bicho de sete cabeças, mas quando a gente pega pra fuçar e entender a lógica dos números, ela vira uma mão na roda pra não fazer besteira na cabeleira. Vale a pena perder um tempinho olhando aquilo com atenção!