Então, gente, hoje quero contar como foi que fiz aquele vestido longo colorido que vocês viram.
Tudo começou quando achei um tecido lá no fundo do armário. Sério, nem lembrava que tinha comprado. Umas cores vibrantes, uma estampa meio maluca, mas que me chamou a atenção. Pensei: “Isso aqui dá um vestido longo bem alegre pra usar no verão”. E como estava mesmo precisando dar uma renovada nas roupas sem gastar muito, decidi encarar o projeto.
Primeira coisa, claro, foi lavar o tecido. Mania minha, aprendi do jeito difícil que tecido novo encolhe que é uma beleza depois de pronto. Lavei, deixei secar na sombra pra não desbotar as cores.
Depois veio a parte do molde. Eu não sou muito de seguir receita pronta, sabe? Peguei um vestido meu que veste bem, um modelo simples, e usei de base. Abri o tecido no chão da sala – minhas costas reclamaram um pouco, mas é o único lugar com espaço suficiente. Fui riscando com giz de costura, adaptando aqui e ali pra ficar mais comprido, mais soltinho. Muita calma nessa hora pra não cortar errado, porque tecido colorido assim, se errar, já era, fica marcado.
Mãos à obra na máquina
Com tudo cortado, levei pra minha velha máquina de guerra. Aquela Singer que era da minha mãe, sabe? Faz um barulho danado, mas não me deixa na mão.
- Comecei unindo os ombros e as laterais do corpo do vestido. Usei uma linha neutra, um bege clarinho, pra não brigar com as cores todas.
- Depois, preparei a saia. Como era tecido pra dar e vender, fiz bem rodada, com umas preguinhas leves na cintura pra dar um volume bonito.
- Unir a saia no corpo foi um teste de paciência. Alfinetei tudo com cuidado pra não ficar torto.
- Decidi colocar elástico na cintura. Acho mais confortável e dá uma acinturada legal sem precisar de zíper nem nada complicado. Fiz uma canaleta e passei o elástico. Ficou bom!
Ah, e quase esqueci: fiz bolsos! Vestido sem bolso não dá, né? Coloquei aqueles bolsos embutidos na costura lateral. Dá um trabalhinho extra, mas vale cada minuto.
Os acabamentos finais
A parte mais chatinha, pra mim, é sempre fazer a barra. Como a saia era meio godê por ser rodada, a barra curva exige mais atenção. Fui fazendo devagarinho, dobrando duas vezes pra ficar bem feitinha. Nas cavas e no decote, usei um viés feito do próprio tecido pra dar um acabamento limpo.
Deu trabalho? Deu. Teve hora que a linha embolou, teve hora que pensei que o tecido não ia dar, teve hora que a máquina emperrou. Mas fui insistindo, desmanchando e refazendo quando precisei.
No final, quando vesti, nossa… que sensação boa! Ficou do jeitinho que eu imaginei: alegre, colorido, confortável e o melhor: feito por mim. Não ficou perfeito como um de loja, tem uns detalhezinhos que só eu sei, mas é isso que faz ele ser especial.
Agora é esperar um dia de sol pra estrear meu vestido longo colorido por aí!
