Bom, ontem de noite tava de bobeira no YouTube e pensei: “por que não fazer um curtinha de terror com ação? E ainda com lobos!”. A ideia veio do nada mesmo, depois de ver uns vídeos de ataques de lobos que me deixaram com os pelos do braço arrepiados.

Comecei Na Lata
Peguei minha câmera velha que fica sem bateria toda hora e fui pro quintal. Tava uma lua daquelas, perfeita pra clima sinistro. Coloquei um casaco velho com capuz pra fingir ser uma vítima. Sabe aquele medo besta? Então, até o vento batendo no galho da mangueira me fez pular. Hahaha!
O plano era simples:
- Primeiro: Gravar uma cena correndo feito doido, fingindo desespero.
- Segundo: Misturar com vídeos grátis de lobos uivando e atacando (tem uns bem bons por aí).
- Terceiro: Colocar uma música tensa e uns gritos no final.
O Terror Começou Fora Da Tela
Aí é que a bagunça virou filme! Primeiro problema: a lua sumiu atrás de uma nuvem gigante. Fiquei quase no escuro total. Tive que pegar a lanterna do carro e colar com fita crepe num cabo de vassoura pra iluminar. Uma gambiarra digna de Oscar.
Segundo problema (e o melhor): meu “lobo”. Cadê lobo? Nem pensei nisso direito! Fui correndo pegar minha cadela, uma vira-lata que parece um mini-lobo se você forçar muito a vista. Botei nela uma fantasia de lobo velha que achei no armário. Sabe o que aconteceu? Ela ficou parada, olhando pra mim com cara de “tu tá doido, humano?” e depois fugiu com a fantasia ainda no lombo. Nem deu tempo de gravar direito!
A Salvação Foi No Computador
Frustrado? Pra caramba! Mas aí lembrei dos vídeos de stock. Baixei dois: um lobo uivando pra lua (lindo!) e outro atacando a câmera (assustador!). Na hora de editar, fiz o seguinte:

- Minha cena correndo: Escureci tudo, coloquei em preto e branco e dei uns tremidos pra parecer que tava apavorado.
- Os lobos: Cortei nos momentos mais tensos. O uivo coloquei no começo e o ataque no final.
- Os toques finais: Música de piano cheia de suspense, um grito agudo no ataque do lobo e um barulho de estática no fim. Pronto!
Resultado? Ficou Um Lixo… Mas Gostoso!
Sério, assisti e me caguei de rir. Minha cara de desespero parece de quem pisou num Lego. Meu “lobo” de verdade (a cadela) fugindo com a fantasia no rabo apareceu meio segundo num corte. E os efeitos? Caseiros no melhor sentido (ruim). Mas, juro pra vocês, quando junta tudo – a música, os grunhidos, meus gritos gravados na cozinha – dá até um calafriozinho idiota. Parece aqueles filmes trash que a gente ama justamente por serem ruins e cheios de coração (e falta de talento).
Aprendi que pra fazer terror com lobos você só precisa de: 1) uma ideia maluca, 2) uma câmera que quase não funciona, 3) um “lobo” que te ignora e 4) MUITA fé na edição. O resto é mistério e acaso. E que delícia quando essas coisas merdas viram um filmeco minimamente divertido!