Hoje resolvi conferir se aquele Hublot King Power Big Bang 305 que apareceu no mercado de usados era original ou réplica. Vou contar tudinho como fiz, passo a passo. Tô escrevendo com o relógio aqui na minha mão pra não errar nenhum detalhe.
A primeira olhada
Quando peguei o relógio, a primeira coisa que notei foi o peso. Um Hublot original desses tem um peso específico, sabe? Parece que a réplica geralmente é mais leve. Fiquei mexendo nele pra sentir – e realmente, se fosse mais leve, era bandeira vermelha na hora.
Depois vim pra parte do detalhe da caixa. O King Power original tem uns ângulos bem marcados, tipo um corte perfeito. Coloquei sob luz forte e fiquei rodando devagar. Réplica normalmente é mais “macia” nas bordas, como se tivessem feito com menos cuidado.
Fuçando no mostrador
Aí veio a parte divertida: usar a lente de aumento. Peguei minha lupinha de relojoeiro e encostei no mostrador. No original, cada número e marcação tá perfeitinho, como se fosse pintado com laser. Se você vê tinta borrada ou linha tremida, já sabe…
- Chequei os ponteiros – têm que ter uma borda fininha e nítida
- Olhei os números das horas – no original parece que flutuam em cima do mostrador
- Prestei atenção no logotipo Hublot – letras meio espessas e definidas demais? Péssimo sinal
A armadilha da coroa
Aqui muita gente se enrola. A coroa do King Power 305 original tem um encaixe que parece trava de segurança. Quando você gira, sente uns cliques firmes. Na falsa, é moleza ou então fica dura igual pedra. Testei umas cinco vezes pra ter certeza.
Depois foi a vez dos pulsos da caixa. Desmontei com aquela chavinha que vem no kit. Fiquei de olho nas roscas internas – originais são precisas como cirurgia, rosqueiam suave. Falsa? Ou folgada ou emperra feito prego velho.

Prova final
Aí veio a checagem do movimento. Dei corda e encostei o relógio no ouvido. O tique-taque de relógio falso geralmente parece um grilo doido, sabe? Uma batida apressada e alta. Original tem um som mais profundo e espaçado, tipo tic… tac… tic… tac…
Por último, dei uma olhada no cristal de safira. Com uma gota d’água, esfreguei levemente. Na réplica, arranha fácil feito vidro de copo. Original? Nem sinal de risco depois de três tentativas.
No fim das contas, de tanto fuçar, fiquei até com pena do dono do relógio. Mas é isso – quando você pega na mão, vai sentindo cada detalhe que grita “falso”. Melhor do que qualquer papel de autenticidade é meter a mão na massa e ir testando! Aprendi mais hoje mexendo nesse bichinho do que lendo dez manuais.